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Juncker admite que troika «pecou contra dignidade» de Portugal e Grécia

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, admitiu esta 4ª-feira que a 'troika' «pecou contra a dignidade» de portugueses, gregos e também irlandeses, reiterando que é preciso rever o modelo e não repetir os mesmos erros.

  • Europa
  • Publicado: 2015-02-19 08:37
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, admitiu esta 4ª-feira que a 'troika' «pecou contra a dignidade» de portugueses, gregos e também irlandeses, reiterando que é preciso rever o modelo e não repetir os mesmos erros.

«Pecámos contra a dignidade dos cidadãos na Grécia, Portugal e muitas vezes na Irlanda também», disse Juncker perante o Comité Económico e Social, admitindo que a afirmação pode parecer «estúpida» dita pelo ex-presidente do Eurogrupo, refere a agência noticiosa Efe.

«Mas temos de aprender as nossas lições do passado e não repetir os mesmos erros», acrescentou, citado pela Efe, recusando-se a comentar o impasse das negociações com a Grécia, apenas indicando que a situação foi discutida no colégio de comissários.

Juncker teceu ainda críticas à anterior Comissão Europeia (CE) liderada por Durão Barroso, ao afirmar que «antes não se falava em absoluto» na Grécia porque se «confiava cegamente no que dizia a troika», formada pela CE, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu.

O atual presidente da CE insistiu na ideia de que falta à troika legitimidade democrática, apesar de considerar que as três instituições que a formam devem estar presentes na estrutura.

«Quando chegar o momento tudo isto deve ser revisto», afirmou, sublinhando, contudo, que os países devem continuar a seguir o caminho da consolidação das finanças públias, porque não devem hipotecar o futuro de outras gerações.

Ainda sobre o funcionamento da troika, Juncker declarou: «Não critico os funcionários, mas não se coloca um alto funcionário perante um primeiro-ministro ou um ministro. Há que colocar frente a eles um comissário ou um ministro sob a autoridade do presidente do Eurogrupo».