O eurodeputado Carlos Zorrinho critica a postura da Comissão Europeia sobre a central nuclear de Almaraz, acusando-a de não ter nenhuma ação proativa.
O eurodeputado Carlos Zorrinho critica a postura da Comissão Europeia sobre a central nuclear de Almaraz, acusando-a de não ter nenhuma ação proativa.
Numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa, o eurodeputado português critica a postura da Comissão Europeia sobre a central nuclear de Almaraz: "Numa central a funcionar para além do prazo, onde recorrentemente têm sido reportadas falhas de funcionamento, a Comissão não tem nenhuma ação proativa. Aguarda. Mas aguardar é pouco".
Carlos Zorrinho recorda também as recentes perguntas que dirigiu à Comissão Europeia sobre a central nuclear espanhola situada junto à fronteira portuguesa.
E, neste âmbito, realça que, na resposta, o comissário espanhol Arias Cañete o informou de que a Comissão aguarda a notificação da transposição das medidas da nova Diretiva Eurotom e que, até lá, a segurança é segundo a lei espanhola, da responsabilidade exclusiva do detentor da licença.
"O programa indicativo nuclear é claro. Com a nova Diretiva Euratom, a UE precisa de 330 mil milhões de euros para encerrar ou modernizar as centrais nucleares que tem em funcionamento, mas só um terço dessa verba está provisionada", sustentou.
O eurodeputado português disse ainda que gostava de acreditar que tudo está a ser feito ao nível da segurança das centrais nucleares.
"Gostava de poder acreditar que a Comissão está a fazer tudo o que devia para promover a segurança das centrais nucleares no território da União, como afirma que está a proceder com a nova central de Ostrovets em construção na Bielorrússia. Em Almaraz, por exemplo, não está", concluiu.
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