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Beiras e Serra da Estrela quer majoração para o Interior nos fundos comunitários

A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) quer que a distribuição dos fundos comunitários contemple uma majoração para as empresas do interior de modo a que os apoios não fiquem maioritariamente no litoral.

  • Europa
  • Publicado: 2016-06-29 16:52
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) quer que a distribuição dos fundos comunitários contemple uma majoração para as empresas do interior de modo a que os apoios não fiquem maioritariamente no litoral.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Fernandes explicou que os primeiros indicadores conhecidos da distribuição na componente Feder (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) apontam para que 75% dos fundos tenham ficado no litoral, situação que considera preocupante.

O autarca, que também preside à Câmara Municipal do Fundão, lembra que estando os fundos muito direcionados para o investimento privado e para a inovação, conhecimento e internacionalização, os chamados territórios de baixa densidade acabam prejudicados, uma vez que, por ter menor escala e menor massa crítica, o tecido empresarial desse território também tem menos capacidade de concorrer aos fundos.

Daí que defenda a necessidade de implantar "medidas corretivas" que passem, por exemplo, pelo aumento "muito significativo" das taxas de financiamento para as empresas/investidores dos territórios de baixa densidade.

"Já tivemos uma majoração de 10% para a baixa densidade e até concursos para essa área, mas, tendo em conta o que está de cima da mesa, acho que tem de se ser muito mais agressivo nas medidas tomadas. Dez por cento de majoração não é suficiente, será preciso aumentar em 30 ou 40%. Em alguns casos, chegar mesmo a financiamentos próximos dos 90% para atrair empresas e investimento para o interior, através dos fundos comunitários", disse.

Segundo explicou, esta é também uma das linhas reivindicativas já apresentada à Unidade de Missão para o Interior, até porque, se fundos comunitários são "obviamente orientados para puxar pelo país, também têm de ter em vista as zonas que têm desenvolvimento mais baixo, que infelizmente está muito centrado na faixa interior", salientou.

Na componente do investimento público, Paulo Fernandes considera que, havendo a possibilidade de uma reestruturação, também se deve proceder à correção de algumas medidas no quadro das candidaturas municipais, designadamente da regeneração urbana.

A CIM-BSE é constituída por 12 municípios do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e por três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).