Castelo Branco: "É a EDP que não quer construir barragem do Alvito" - Luís Correia

O presidente da Câmara Municipal, Luís Correia, disse esta 2ª-feira que é a EDP que não quer fazer a barragem do Alvito e que prescindiu das contrapartidas que teve que avançar à data da assinatura do contrato.

  • Economia
  • Publicado: 2016-04-19 06:49
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O presidente da Câmara Municipal, Luís Correia, disse esta 2ª-feira que é a EDP que não quer fazer a barragem do Alvito e que prescindiu das contrapartidas que teve que avançar à data da assinatura do contrato.

Em declarações à agência Lusa, o autarca explicou que o anúncio do cancelamento da construção da barragem do Alvito, "tem de positivo", pelo menos o facto de terem sido informados sobre esta "dura realidade".

"Pelo menos, tivemos as devidas explicações de quais são as intenções e percebido que a EDP, empresa concessionária, não quer fazer a barragem do Alvito, prescindindo mesmo assim das contrapartidas que teve que avançar quando assinou o contrato", afirmou.

O Governo anunciou o cancelamento da construção das barragens do Alvito, no rio Tejo, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, e de Girabolhos, no rio Mondego, no concelho de Mangualde, enquanto a construção da barragem do Fridão, no rio Tâmega, no concelho de Amarante, foi suspensa por três anos.

O fim da construção da barragem do Alvito, que já vinha do anterior Governo, foi agora reconfirmada pelo Governo do PS.

O início das obras da barragem do Alvito, um empreendimento desejado na região há cerca de 60 anos, estiveram anunciadas para começar efetivamente em meados de 2011, sendo que esta iria produzir anualmente 400 gigawatts hora (GWh) de energia renovável, aproximadamente o dobro do consumo anual dos concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão.

O investimento previsto ascendia aos 360 milhões de euros e era expectável que fossem criados mil postos de trabalho diretos e entre 2500 a 3000 indiretos.

Luís Correia sublinhou que há o compromisso de "vir a haver algo [compensatório] entre a concessionária [EDP] e os municípios [Castelo Branco e Vila Velha de Ródão] onde a barragem ia ser implementada".

"Todos nós, autarcas, não estamos satisfeitos com esta intenção, mas é preciso fazer uma análise em concreto, de tudo isto e saber que desde 2011, esta realidade fez caminho e é definitivamente agora assumida", sustentou.

Contudo, o autarca considerou lamentável o facto de se ter andado "tanto tempo" com este assunto, cuja decisão "já tem tempo".

"Todos sabemos o que se passou e andamos de certa forma, algo ainda esperançados mas também iludidos sobre esta realidade", concluiu.

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