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Castelo Branco: Empreendedorismo e Inovação, palavras-chave para o Crédito Agrícola

O Crédito Agrícola organizou, em parceria com a Inovisa, na sexta-feira, o terceiro seminário do ciclo “Empreendedorismo e Inovação na Agricultura, Agroindústria, Floresta e Mar” onde promoveu a participação no “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola”, cujas candidaturas estão abertas.

  • Economia
  • Publicado: 2016-05-04 06:50
  • Autor: Patrícia Calado

O Crédito Agrícola organizou, em parceria com a Inovisa, na sexta-feira, o terceiro seminário do ciclo “Empreendedorismo e Inovação na Agricultura, Agroindústria, Floresta e Mar” onde promoveu a participação no “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola”, cujas candidaturas estão abertas.

O Comendador Joaquim Morão, Presidente do Conselho de Administração do Crédito Agrícola de Beira Baixa (Sul), enalteceu o trabalho realizado por esta instituição, considerando-a “forte, com capacidade financeira”.

“O Crédito Agrícola consegue colocar ao serviço daqueles que têm capacidade iniciativa, de produzir, de risco, porque para se ser empresário tem de se ter capacidade de empreendedor”, referiu o Comendador.

De acordo com Joaquim Morão “há, de facto, condições e meios” para os pequenos agricultores singrarem neste setor. E, após 30 anos ao serviço público, o Comendador quis assim continuar a lutar pela atividade económica da região apoiando a população. Para Joaquim Morão, é crucial que haja iniciativa empresarial, pois os equipamentos e as infraestruturas já existem, falta inovação e empreendedorismo.

“Quis estar ligado a uma instituição que pode dar esse contributo para que na nossa região continuemos a dar força para sermos mais produtivos e ter uma atividade económica viável. Uma terra só é sustentável se tiver atividade económica, podemos fazer muitos equipamentos, mas se não tivermos atividade económica tudo anda para trás”, explicou. Adiantou ainda que desenvolver o Interior é meio caminho para “construir um Portugal desenvolvido”.

“Primeiro temos de desenvolver estas regiões, dar força a este território que tem muita terra e pouca produtividade. Sem resolvermos esse problema, não andamos para a frente”, sustentou. Um facto apoiado igualmente por Licínio Pina, Presidente do Conselho de Administração Executivo do Crédito Agrícola.

“Se não formos nós a desenvolver o Interior, não vêm cá outras pessoas. Temos de ser nós a preocuparmos, precisamos de políticas públicas para o Interior”, argumentou.

Licínio Pina aproveitou para dar a conhecer o “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola”, em que vão ser atribuídos seis prémios e quatro menções honrosas.

“Com o prémio não vamos substituir o Ministério da Agricultura, iremos atribuir seis prémios, cada um de cinco mil euros para projetos de inovação neste setor e quatro menções honrosas de 2500 euros para candidatos. Candidatem-se, apresentem-se, cada um tem que se fazer pela vida”, deixou assim o apelo.

O Presidente da Administração do Crédito Agrícola não poupou nos elogios aos albicastrenses, considerando-os inovadores e aplaudiu o trabalho feito pelo município no que toca ao desenvolvimento neste setor.

“Castelo Branco transformou-se para melhor nos últimos 10 anos, o que quer dizer que as pessoas aqui em Castelo Branco também são empreendedoras e gostam de inovar. A Câmara Municipal de Castelo Branco desenvolveu uma rede viária de caminhos rurais com asfalto, onde as pessoas se deslocam, isso é empreendedorismo, é inovação, é tentar fixar pessoas”.

Inovação e empreendedorismo foram as palavras de ordem deste seminário, que decorreu no Cine-teatro Avenida. Segundo explicou Licínio Pina, “a inovação tem de existir e tem de ser diferenciadora”

“Se não for, não tem valor acrescentado, precisamos de ideias que sejam mais-valias para o mercado”, fundamentou.

E é com inovação que Luís Correia, presidente da autarquia de Castelo Branco, pretende desenvolver o setor primário na região, um “setor fundamental”. O edil salientou a importância da Caixa Crédito Agrícola para os pequenos produtores que “com a sua dimensão não tem capacidade nem financiamento para conseguir desenvolver a sua atividade”. Com o financiamento do Crédito Agrícola e com as infraestruturas disponibilizadas pela Câmara Municipal, os produtores podem assim atingir o sucesso.

“O município há muito tempo definiu o agroalimentar como uma aposta a ser apoiada, porque achamos que este é um setor com muita potencialidade e que muito tem feito pela nossa região. Fizemos infraestruturas necessárias a esse progresso que pretendemos atingir”, disse. O edil acrescentou ainda que a inovação e a investigação também fazem parte da estratégia da autarquia. Tal facto pode assim ser ilustrado através da criação do Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar e do InovCluster, que tem como intuito apoiar os produtores “na área do marketing e na internacionalização dos produtos”, na procura de novos mercados.

“Construímos um Centro de Produção da Abelha Rainha, inaugurámos o Parque de Leilão de Gado. Esta é a nossa forma de estar e quando temos em Castelo Branco”, acrescentou Luís Correia.

O evento, destinado a empresários, agricultores, produtores e fornecedores dos sectores agrícola, agroindustrial, florestal e do mar, contou com um conjunto de oradores do sector empresarial, e teve como objetivos estimular e disseminar o empreendedorismo baseado na inovação. Temas relacionados com a produção e transformação, a comercialização e internacionalização, a investigação e desenvolvimento tecnológico, e ainda o desenvolvimento rural estiveram em debate. 

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