Covilhã. Parkurbis quer contratar 80 engenheiros informáticos

O Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkurbis) quer contratar 80 engenheiros informáticos até ao final do ano. O objectivo é reforçar os centros de inovação de três empresas com mão-de-obra qualificada para dar resposta às encomendas do estrangeiro.

  • Economia
  • Publicado: 2016-09-29 11:53
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

O Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkurbis) quer contratar 80 engenheiros informáticos até ao final do ano. O objectivo é reforçar os centros de inovação de três empresas com mão-de-obra qualificada para dar resposta às encomendas do estrangeiro.

"Importar quadros e exportar serviços" é o que pretendem as empresas TIMWE Lab, IT People e Pegaci, três “gigantes portuguesas” na área da tecnologia,anuncia a  Renascença online.

O ano passado, a TIMWE atingiu 500 milhões de euros de facturação. Cerca de 99% dos serviços são para exportação e está presente em 80 países do mundo. A IT People é especializada em realidade aumentada para telemóveis. Por exemplo, já fez um catálogo, onde os produtos são vistos em realidade aumentada. A Pegaci está ligada à tecnologia wi-fi e monitoriza, a partir de Portugal a qualidade do sinal de cadeias de hotéis internacionais.

Devido à elevada capacidade de exportação e à diversidade dos serviços, as três empresas precisam de quadros técnicos especializados para crescer, como sublinha Jorge Patrão, director do PARKURBIS. “Elas só podem crescer com recursos humanos, senão os tivermos não há margem para evoluírem. Já é importante empregarmos 150 pessoas no Parkurbis , mas é preciso muito mais”.

As candidaturas estão abertas e dirigem-se também aos alunos de engenharia informática da Universidade da Beira Interior e Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto Politécnico da Guarda. “Estamos a receber currículos de várias regiões do país de jovens qualificados, porque estamos a falar de uma cidade com uma história de séculos de trabalho industrial, que aos poucos se começa a voltar para a tecnologia e ciência”.

As 80 vagas podem ser para estágios ou já para um posto de trabalho. As ofertas “não são só para estágios, mas também para recrutamento. O que é preciso é que as pessoas se insiram no mercado de trabalho e daí depende a capacidade de elaborar produtos na Covilhã para serem ser vendidos no estrangeiro”, diz Jorge Patrão.

Por essa razão, o Instituto Politécnico da Guarda desenha as ofertas curriculares da licenciatura em engenharia informática, tendo em conta a evolução do mercado de trabalho. “Se vemos que há necessidade de profissionais de informática com uma determinada especialização, nós reforçarmos as disciplinas dessa área e disponibilizamos disciplinas opcionais nas especialidades, que têm grande procura por parte dos alunos”, frisa José Fonseca, director do curso da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que considera “muito positiva” ligação entre a academia e o mundo empresarial.

Paula Prata, coordenadora do departamento de engenharia informática da Universidade da Beira Interior, frisa a elevada taxa de empregabilidade deste tipo de cursos e a falta de diplomados face à procura das empresas. A taxa de empregabilidade é muito elevada, diria que ronda os 98/99%. “O que nós sentimos é que não temos alunos suficientes para a procura, porque não saem mais do 30 ou 40 por ano. E portanto, há mais procura neste momento do que o temos para oferecer”.

O Parkurbis concentra 38 empresas, incluindo star-ups criadas por jovens da Covilhã. Actualmente emprega 150 funcionários, número que deverá aumentar nos próximos anos.

PUB

PUB

PUB

PUB