Um projeto de agricultura biológica, que prevê a conversão e instalação de cinco mil hectares de olival na Beira Interior, ainda não avançou por falta de financiamento do PRODER, disse à Lusa uma fonte ligada ao processo.
Um projeto de agricultura biológica, que prevê a conversão e instalação de cinco mil hectares de olival na Beira Interior, ainda não avançou por falta de financiamento do PRODER, disse à Lusa uma fonte ligada ao processo.
Segundo José Assunção, presidente da Associação de Agricultores para a Produção Integrada de Frutos de Montanha (AAPIM), o projeto foi aceite, em 2008, pelo PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural, mas aguarda aprovação.
“A única coisa que sabemos é que foi aceite e foi tido como tendo alto interesse”, disse José Assunção, durante a realização das II Jornadas Nacionais de Olivicultura Biológica promovidas pela AAPIM em colaboração com instituições de ensino e outras associações do setor.
O responsável disse que os promotores ficaram “na expetativa que fosse aprovado” pelo anterior Governo, para que fosse aplicado no terreno, no entanto, com a mudança de executivo, ainda não foi aprovado.
“Estamos a dar tempo para que o projeto seja analisado pelos novos dirigentes do Ministério da Agricultura e na expetativa de que seja aprovado”, declarou.
José Assunção considera que apesar do atual momento de crise que o país atravessa, “é nos períodos de crise que estes projetos têm que avançar, porque se o país não tem dinheiro para comprar lá fora, penso que será nesta fase que temos que valorizar o que é nosso”.
O plano integrado para o olival na Beira Interior prevê a plantação de 2.500 hectares de novas plantações e de outros tantos de olival tradicional que serão convertidos no modo de produção biológica, em 24 concelhos da região, lembrou.
“A filosofia deste projeto é a criação de riqueza no interior e a fixação de pessoas”, referiu.
Disse tratar-se de um plano “sustentável e estruturante para a região e para o país”, que envolve um investimento de cerca de 60 milhões de euros e prevê a criação de cerca de mil postos de trabalho.
Durante as jornadas sobre olivicultura biológica, os cerca de 120 investigadores e produtores participantes, discutiram e ouviram falar de temas relacionados com azeite, turismo e ambiente, bens e serviços do ecossistema.
No final dos trabalhos, Laura Torres, do Centro de Investigação e Tecnologias Agro Ambientais da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, referiu que apostando na agricultura biológica, os agricultores reduzem os custos com a produção.
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