O protesto, que durou cerca de uma hora, realizou-se junto da rotunda do operário, no centro da Covilhã, onde elementos da Comissão de Utentes Contra as portagens pediam aos condutores “uma buzinadela contra a política do Governo”.
Marco Gabriel, porta-voz da comissão, disse à Lusa que o protesto foi “um aquecimento para a marcha lenta do dia 08 de abril”.
Referiu que os habitantes daquela cidade do distrito de Castelo Branco servida pela autoestrada A23 (Guarda/Torres Novas) estão contra as tarifas por “não haver alternativas viáveis”.
Recordou que a continuidade das SCUT (autoestradas Sem Custos para o Utilizador) “foi uma promessa eleitoral” do atual Governo, por isso, “os beirões não perdoam essa troca de ideias”.
Assegurou que os residentes manifestaram-se hoje e voltarão a manifestar-se na marcha lenta que está agendada para abril, mostrando-se esperançado que a luta chegue “a bom porto”.
“O PS traiu o seu eleitorado”, denunciou Marco Gabriel, recordando que as regiões servidas pelas autoestradas A23, A25 e A24, “têm um poder de compra abaixo da média nacional”.
Disse que as tarifas nas atuais SCUT irão “levar ao encerramento de empresas e ao despedimento” de trabalhadores.
“Esta luta é justa e vai, certamente, ser bem conseguida, admitiu aquele responsável, que durante o buzinão distribuiu, acompanhado por outros elementos da comissão, panfletos aos condutores com as razões do protesto.
No documento é recordado que “sem SCUT, o turismo, o fornecimento de serviços e a manutenção das exportações” também “fica comprometido”.
Quem aderiu ao protesto ruidoso, não poupou na buzina do automóvel no momento em que passava junto do local onde se concentravam elementos da Comissão de Utentes Contra as Portagens nas autoestradas A23, A24 e A25.
“Quem anda todos os dias na estrada, como é o caso do meu marido, não tem capacidade para pagar as portagens”, disse à Lusa uma condutora.
Outro residente na Covilhã, referiu que contesta a aplicação de tarifas porque “vai ser mau para o interior”.
“Espero que o Governo ainda volte com a palavra atrás, porque estamos isolados e não temos outras vias de comunicação. Deram-nos uma autoestrada mas cortaram-nos troços da anterior estrada”, declarou.
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