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Sertã: Património Classificado e Centro Interpretativo

A Estação de Arte Rupestre da Lageira, na Serra do Cabeço Rainho, a Estação de Arte Rupestre da Fechadura, na Serra do Figueiredo, e a Igreja da Misericórdia, na Sertã, foram recentemente classificadas como sítios e monumento de interesse público, respetivamente.

  • Cultura
  • Publicado: 2014-09-02 08:02
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

A Estação de Arte Rupestre da Lageira, na Serra do Cabeço Rainho, a Estação de Arte Rupestre da Fechadura, na Serra do Figueiredo, e a Igreja da Misericórdia, na Sertã, foram recentemente classificadas como sítios e monumento de interesse público, respetivamente. As referidas classificações foram publicadas este mês, em Diário da República.

Situada na Serra do Cabeço Rainho, União das Freguesias de Ermida e Figueiredo, a Estação de Arte Rupestre da Lageira data do período entre o Neolítico final e a Idade do Bronze. É constituída por uma rocha de xisto insculturada, com motivos insculturados. No conjunto das gravuras destacam-se as formas em espiral, composições circulares e linhas meândricas. A sua localização permite considera-la uma das estações mais meridionais do nosso território no interior do círculo da arte galaico-portuguesa.

A Estação de Arte Rupestre da Fechadura, situa-se na Serra do Figueiredo, na União das Freguesias de Ermida e Figueiredo, data do período entre o Bronze Médio e a Idade do Ferro. É composta por uma laje de xisto com diversas gravuras, com eventuais acrescentos medievais. Apresentam motivos geométricos, quadrangulares e retangulares, pontas de seta, elementos escutiformes e diversas inscrições alfabetiformes. Esta estação é especialmente importante pelo facto de ser uma das poucas que apresenta aquele tipo de gravuras.

A Igreja da Misericórdia da Sertã data da segunda metade do século XVI, tendo sido edificada no centro da vila da Sertã. A estrutura do templo corresponde ao modelo de “igreja -tipo” das misericórdias, com nave única e capela-mor sobrelevada e integrada na planta, definindo um espaço unitário articulado com a sacristia e dependências. O programa decorativo é sóbrio e depurado, de acordo com as diretrizes contrarreformistas e com a situação periférica da vila, reservando-se a maior riqueza decorativa para a capela-mor.

As classificações atribuídas recentemente refletem os critérios constantes em legislação própria, relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho simbólico ou religioso, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, e à sua conceção arquitetónica e urbanística.

Atualmente, encontra-se em fase de criação o Centro Interpretativo das Estações de Arte Rupestre da Fechadura e da Lajeira, que funcionará no edifício da antiga escola primária do Figueiredo, na União de Freguesias da Ermida e Figueiredo. Aquela nova valência tem como objetivos dar conhecer aos munícipes e aos visitantes a importância e o valor cultural que as insculturas representam na sociedade, assim como alertar para a sua preservação e conservação, garantindo assim, que as gerações futuras possam privilegiar deste conhecimento ao ar livre. Numa fase inicial, aquele centro possuirá vários painéis informativos alusivos às duas estações de Arte Rupestre, onde poderão ser visualizadas algumas insculturas acompanhadas por textos informativos.

 

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