Castelo Branco recebeu comemorações do Dia Europeu da Cultura Judaica

Castelo Branco foi palco, no passado domingo, dia 14, das comemorações do Dia Europeu da Cultura Judaica. Sendo a primeira vez que este dia é comemorado em Portugal, a capital de distrito recebeu diversas entidades.

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  • Publicado: 2014-09-16 09:56
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

Castelo Branco foi palco, no passado domingo, dia 14, das comemorações do Dia Europeu da Cultura Judaica. Sendo a primeira vez que este dia é comemorado em Portugal, a capital de distrito recebeu diversas entidades.

Luís Correia, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, sublinhou a importância que a cultura judaica teve na cidade.

“Ainda hoje as zonas históricas inter muralhas, o urbanismo e arquitetura são sinónimos de afirmação estratégica e de resistência cultural do judaísmo. Orgulhamo-nos dos judeus aqui nascidos como Afonso de Paiva que, juntamente com Pêro da Covilhã, reuniu informação essencial para a descoberta do caminho marítimo para a Índia”, afirmou.

O autarca adiantou que o município pretende potenciar o “importante legado histórico e cultural do povo judaico”, dando-o a conhecer “para que cada vez mais pessoas possam preservar”.

Nestas comemorações, Bent Bakken, Primeiro Secretário da Embaixada da Noruega, destacou a importância da memória para que, mesmo neste mundo globalizado, não nos esqueçamos das “nossas raízes”.

“Precisamos de memória como ponto fixo, de nos ligar à estabilidade que oferece o passado para depois podermos enfrentar o presente assim como o futuro. Apoiamos a rede de judiarias de Portugal com quatro milhões de euros para o projeto Rotas que visa restaurar, preservar e conservar 13 sítios relacionados com o património judaico em Portugal”, explicou.

Jorge Patrão, Secretário-Geral da Rede de Judiarias de Portugal, considerou que estas comemorações “têm um significado importante para Castelo Branco”, dado que, a cidade albicastrense era um dos polos onde estava presente a cultura judaica.

“Ainda hoje se fala de Amato Lusitano. Mas não se falam de 100 albicastrenses que foram perseguidos no México pela Inquisição. Não se fala ainda muito do contributo que os albicastrenses judeus deram para o desenvolvimento da cidade e hoje, pelo discurso do Presidente, começa a perceber-se que isso é um projeto de desenvolvimento cultural da cidade. Penso que o melhor que se pode fazer nas cidades portuguesas é valorizar a identidade histórica para a tornar disponível para a cultura e turismo”, esclareceu.

O Dia Europeu da Cultura Judaica foi comemorado em 40 países europeus e, em Portugal, as comemorações fizeram-se em Castelo Branco com um dia recheado de atividades e em Belmonte com uma feira. Jorge Patrão adiantou ainda que Idanha-a-Nova e Fundão juntaram-se a Castelo Branco, Penamacor, Belmonte e Covilhã à Rede de Judiarias de Portugal. 

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