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Castelo Branco: Juncal e Freixial do Campo estiveram em Santarém

Em Santarém,  no decorrer da Manifesta - Feira e Festa do Desenvolvimento Local, as aldeias de Brotas (Mora),  Juncal e e Freixial do Campo (Castelo Branco),  Chãos (Rio Maior), Landal (Caldas da Rainha) e Miro (Penacova) fizeram a sua Festa e a sua Assembleia Comunitária.

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  • Publicado: 2014-10-17 15:23
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

Em Santarém,  no decorrer da Manifesta - Feira e Festa do Desenvolvimento Local, as aldeias de Brotas (Mora),  Juncal e e Freixial do Campo (Castelo Branco),  Chãos (Rio Maior), Landal (Caldas da Rainha) e Miro (Penacova) fizeram a sua Festa e a sua Assembleia Comunitária.

No Jardim da República, cerca de 80 pessoas vindas das aldeias partilharam os seus farnéis , os seus petiscos. Ao lado, o Rancho Folclórico de Chãos exibia as suas danças e cantares e ouviu-se a beleza do cante alentejano pelo Grupo de Cantadores da aldeia de Brotas. Como a aldeia de Miro estava a celebrar a sua festa tradicional, não pode acontecer as danças e cantares do Rancho Folclórico “Os Barqueiros do Mondego” e também não pode comparecer o Rancho Folclórico do Juncal do Campo.

Após o almoço, as aldeias reuniram no Palácio Landal a sua Assembleia Comunitária Inter-Aldeias, evidenciado o trabalho associativo e de desenvolvimento local que vai acontecendo em cada comunidade.

As cinco organizações que dinamizam os processos de desenvolvimento local e de economia social e solidária de cada aldeia trouxeram as experiências e o trabalho que desenvolvem. No seu conjunto, criaram e mantêm cerca de 100 postos de trabalho, devidamente consolidados, atuando na área da solidariedade social, da valorização das culturas locais, da emancipação e reconstrução de identidades, da restauração, do turismo ativo e de natureza, do artesanato e da conservação da natureza e da biodiversidade. São aldeias ativas e inovadoras, não conformadas com a crise, com o despovoamento e com o abandono dos territórios rurais, com 150 - 300 habitantes, com um dia a dia de trabalho, de invenção e de criatividade para enfrentar e resolver problemas, construindo soluções para o futuro das suas comunidades.

Dirigentes da ABROTTEA – Associação de Dinamização, Cultural, Histórica e Ambiental de Brotas, da ECOGERMINAR – Associação de Desenvolvimento do Interior, de Promoção do Comércio Solidário, do Ecoturismo e de Luta à Desertificação, da Cooperativa Terra Chã, CRL, do Centro de Desenvolvimento Comunitário do Landal e do Grupo de Solidariedade, Social, Desportivo, Cultural e Recreativo de Miro contaram os processos  que possibilitam gerar rendimento de base local e tornar aldeias sustentáveis e ativas, inclusive com ideias e projetos futuros para aumentar a riqueza produzida nos seus territórios.

Trata-se de aldeias com percursos muito significativos de dinamização associativa e de metodologias de trabalho que possibilitem identificar e caracterizar problemas e elencar e desenvolver as soluções.

Na assembleia deram o seu contributo e reflexão, o professor José Ornelas, do ISPA, o Dr. António Costa e Silva, da Direção Executiva da CCDR do Alentejo e a Dra. Elizete Jardim, da Direção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, enriquecendo uma animada conversa sobre as dificuldades e os valores do nosso meio rural, bem como da possibilidade de, ainda, se fazerem caminhos de não exclusão, de criação de riqueza e de sucesso, remando contra o discurso dominante da resignação, da partida e do abandono. Assim, depois de um período de incubação, viu a luz a do dia a REDE AIA - Aldeias Inovadoras e Ativas.

Marco Domingues do Juncal do Campo revelou que “estas aldeias vão continuar a multiplicar a troca de experiências e saberes; a transferir entre si processos e produtos e a desenvolver dinâmicas de cooperação que assegurem novas sustentabilidades nas aldeias da Rede ou ainda  levar esse conhecimento de experiências feito até outras aldeias”. Na Assembleia reafirmou-se, ainda, a pertinência de estruturar e conceber projectos e financiamentos no âmbito do novo Quadro Comunitário, a  partir do local, a partir de uma construção participada de problemas, de expectativas e de visões, como condição essencial, insubstituível e inadiável para um local com valores, com oportunidades e com sustentabilidade económica e social.

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