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Castelo Branco: Juncal do Campo na rede de cooperação aldeias "Inovadoras e Ativas"

Cinco aldeias de vários pontos do país criaram, em Santarém, a REDE AIA – Aldeias Inovadoras e Ativas, comprometendo-se a “transferir entre si processos e produtos e a desenvolver dinâmicas de cooperação que assegurem novas sustentabilidades”.

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  • Publicado: 2014-10-20 16:31
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

Cinco aldeias de vários pontos do país criaram, em Santarém, a REDE AIA – Aldeias Inovadoras e Ativas, comprometendo-se a “transferir entre si processos e produtos e a desenvolver dinâmicas de cooperação que assegurem novas sustentabilidades”.

A rede, criada durante a “assembleia comunitária inter-aldeias” realizada em Santarém no âmbito da Manifesta, reúne Chãos (concelho de Rio Maior), Brotas (Mora), Juncal do Campo (Castelo Branco), Landal (Caldas da Rainha) e Miro (Penacova), segundo um documento hoje enviado à agência Lusa.

Os promotores da rede evidenciam o trabalho associativo, de desenvolvimento local, de criação de negócios e de empregos de base local realizado nestas aldeias, através da valorização económica de saberes e produtos locais, o que atribuem a “um dinamismo muito significativo das suas lideranças associativas e comunitárias”.

Entre as “estratégias que asseguram a viabilidade” destas “aldeias topo de gama”, apontam a existência de restaurantes, cooperativas para escoamento da produção agrícola, rebanhos de cabras, residências artísticas, apoio à terceira idade e infância, turismo de aldeia e trabalho integrado entre microempresas locais.

As cinco organizações que dinamizam os processos de desenvolvimento local e de economia social e solidária de cada aldeia, no seu conjunto, “criaram e mantêm cerca de 100 postos de trabalho, devidamente consolidados, atuando na área da solidariedade social, da valorização das culturas locais, da emancipação e reconstrução de identidades, da restauração, do turismo ativo e de natureza, do artesanato e da conservação da natureza e da biodiversidade”, segundo o documento.

“São aldeias ativas e inovadoras, não conformadas com a crise, com o despovoamento e com o abandono dos territórios rurais, com 150-300 habitantes, com um dia a dia de trabalho, de invenção e de criatividade para enfrentar e resolver problemas, construindo soluções para o futuro das suas comunidades”, acrescenta.

As organizações envolvidas na iniciativa são a ABROTTEA – Associação de Dinamização, Cultural, Histórica e Ambiental de Brotas, a ECOGERMINAR – Associação de Desenvolvimento do Interior, de Promoção do Comércio Solidário, do Ecoturismo e de Luta à Desertificação, a Cooperativa Terra Chã, o Centro de Desenvolvimento Comunitário do Landal e o Grupo de Solidariedade, Social, Desportivo, Cultural e Recreativo de Miro.

Como exemplos, referem o trabalho da Cooperativa Terra Chã, que associa um rebanho de 220 cabras à conservação da natureza, dinamiza a apicultura na região, assegura um restaurante regional que valoriza a gastronomia serrana e ainda produz peças de tecelagem manual, ou a experiência de Miro, que junta um lar para idosos a uma empresa de transportes públicos com oito autocarros e possui uma cooperativa de produção local que assegura o escoamento dos produtos agrícolas, fornecendo as suas valências e levando os seus produtos agrícolas a outras instituições da região.

A rede, que quer levar o “conhecimento de experiências feito” até outras aldeias, propõe-se “estruturar e conceber projetos e financiamentos no âmbito do novo Quadro Comunitário, a partir do local” e de uma “construção participada de problemas, de expectativas e de visões” para comunidades “com valores, com oportunidades e com sustentabilidade económica e social”.

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