Idanha-a-Nova: Jornadas Ibéricas da Figueira-da-Índia impulsionam nova fileira

A cultura do figo-da-índia representa uma oportunidade para Portugal e em particular para o concelho de Idanha-a-Nova, onde está projetada, na Incubadora de Empresas de Base Rural, uma área plantada de 70 hectares, correspondente a 1/3 da existente em todo o país.

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  • Publicado: 2014-10-21 06:45
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

A cultura do figo-da-índia representa uma oportunidade para Portugal e em particular para o concelho de Idanha-a-Nova, onde está projetada, na Incubadora de Empresas de Base Rural, uma área plantada de 70 hectares, correspondente a 1/3 da existente em todo o país.

Os dados foram apresentados pelo presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, no decorrer das Jornadas Ibéricas da Figueira-da-índia, realizadas sexta-feira e sábado na Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova.

Num encontro inédito dedicado a esta cultura com crescente interesse agrícola e económico, o autarca disponibilizou-se para apoiar os produtores de figo-da-índia do concelho e outros que manifestem interesse a associarem-se numa organização que permita ganhar escala e concentrar a oferta.

As jornadas congregaram durante dois dias, em Idanha-a-Nova, mais de 150 investigadores, técnicos, agricultores, empresários e estudantes. A partilha de conhecimento técnico e científico entre os diferentes atores da fileira da figueira-da-índia, portugueses e espanhóis, foi o objetivo da organização do certame, composta por Câmara de Idanha-a-Nova, Escola Superior Agrária de Castelo Branco, Universidade da Extremadura e Centro de Estudos dos Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade.

Outras entidades que se associaram a estas jornadas foram a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) e a Associação de Profissionais de Figo-da-Índia Portugueses (APROFIP). A diretora da DRAPC, Adelina Martins, incentivou a investigação, experimentação e organização da produção, enquanto para António Fonseca, vice-presidente da APROFIP, as jornadas “trouxeram informação sobre uma fileira onde existe pouco conhecimento produzido e alguma desinformação”.

As aplicações da figueira-da-índia na gastronomia, na farmacêutica ou na cosmética são algumas das possibilidades que, segundo o diretor da ESA de Castelo Branco, Celestino Almeida, podem “ser desenvolvidas através de parcerias entre os meios académico e empresarial”.

O evento foi ainda palco da segunda apresentação mundial de uma nova máquina que permite avaliar o estado de maturação do fruto, ajudando o produtor de figo-da-índia na decisão do momento mais oportuno para realizar a colheita.

As Jornadas Ibéricas da Figueira-da-Índia contaram com uma exposição de frutos e produtos transformados (compotas, chás, licores, pastel de nata de figo-da-índia, sabonetes e outros) e a apresentação de empresas e equipamentos relacionados com a fileira.

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