Associação defende criação de economia local para lutar contra problemas do Interior

A presidente da Associação para a Economia Cívica, que conta com 11 comunidades em concelhos do interior, defendeu hoje que a solução para problemas como a desertificação e o envelhecimento da população passa pelo desenvolvimento da economia local.

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  • Publicado: 2015-05-21 19:56
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A presidente da Associação para a Economia Cívica, que conta com 11 comunidades em concelhos do interior, defendeu hoje que a solução para problemas como a desertificação e o envelhecimento da população passa pelo desenvolvimento da economia local.

A Associação para a Economia Cívica é, nas palavras de Maria do Carmo Marques Pinto, “uma associação sem fins lucrativos que junta uma série de parceiros (cidadãos, entidades do setor público, da economia social e também empresas privadas)” e tem como objetivo “arranjar respostas inovadoras mais sustentáveis aos problemas complexos das comunidades locais”.

Essa “experimentação” está a ser feita através da Rede de Comunidades para a Economia Cívica, que conta já com 11 comunidades, a funcionar nos concelhos de Bragança, Vila Real, Gondomar, Gouveia, Fundão, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Lousã, Miranda do Corvo, Penela, Campo Maior, Elvas e Arronches.

Numa primeira fase, as comunidades identificaram os “problemas complexos e desafios que enfrentam, como a desertificação humana, o envelhecimento da população, o desemprego, a falta de oferta de emprego, a falta de adequação das competências profissionais à oferta de emprego, a solidão, o isolamento das pessoas e a existência de infraestruturas inadequadas.

Problemas cuja resposta, segundo defendeu Maria do Carmo Marques Pinto em declarações à Lusa, “vai passar pela criação de economia local”.

“Há uma infra valorização muito grande dos recursos endógenos [geológicos], seja os rios, a agricultura, o património, e há imensos ativos no território, que se forem devidamente valorizados e combinados, devem e têm que gerar economia local”, disse, referindo que este tipo de economia “é uma pescadinha de rabo na boca: gera emprego, gera riqueza, gera novos recursos e atrai pessoas”.

Depois de identificados os problemas nas comunidades, o projeto entra numa nova fase.

“A seguir ao verão faz-se o desenho dos projetos e decide-se que projetos e que iniciativas é que vamos apoiar”, adiantou a presidente da AEC.

Porque “muitos destes projetos vão precisar de investimento”, a AEC está a planear uma estratégia que “passará pela constituição de um fundo, já a ser planificado”, adiantou.

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