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Castelo Branco: Assembleia Municipal indignada com cancelamento do Alvito

A Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou esta 6ª-feira por unanimidade uma moção subscrita por todas as bancadas que manifesta indignação pelo cancelamento da construção da barragem do Alvito.

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  • Publicado: 2016-04-29 15:38
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou esta 6ª-feira por unanimidade uma moção subscrita por todas as bancadas que manifesta indignação pelo cancelamento da construção da barragem do Alvito.

A moção foi subscrita por todas as bancadas políticas, depois de um apelo feito pelo presidente da assembleia municipal, Valter Lemos, que no início dos trabalhos se viu confrontado com moções do PS, PSD e CDS-PP sobre este tema.

Após uma breve interrupção dos trabalhos, os líderes das diferentes bancadas chegaram a um consenso e subscreveram o documento conjunto que acabou por ser aprovado por unanimidade.

A assembleia municipal de Castelo Branco, além de manifestar a indignação pelo cancelamento da construção da barragem, apela ao Governo para que a obra volte a ser incluída no plano nacional de barragens ou em outro qualquer plano de investimento.

Os subscritores da moção reafirmam ainda a "importância estratégica" deste projeto para a região de Castelo Branco.

Contudo, o tema da barragem do Alvito não foi pacifico e foi inclusivamente motivo de uma acesa discussão entre os deputados municipais do PS, CDS-PP e PSD, com várias trocas de argumentos e acusações sobre a efetiva responsabilidade do cancelamento da sua construção.

Carlos Casal, do PS, recordou que em julho de 2015 o Governo PSD/CDS-PP "decidiu revogar" o contrato do Alvito.

"Em segredo, foi escondida informação relevante [sobre o projeto] para a população e para as autarquias", disse.

Já José Pedro Sousa, do CDS-PP, decidiu expressar, ironicamente, a sua solidariedade com o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia.

"Hoje [presidente], lembra-me o marido enganado pela mulher adúltera. Andou na campanha eleitoral a prometer o Alvito. Pouco tempo depois, repetiu o propósito nos jornais. O que é certo é que o senhor [Luís Correia] se viu enganado pelo Governo do PS. Gostaríamos pois de manifestar a nossa solidariedade" afirmou.

O autarca de Castelo Branco reagiu e sublinhou que a barragem do Alvito "foi e continua a ser uma ambição".

Explicou que a privatização da EDP retirou força ao projeto e acrescentou que até há cerca de 15 dias todos pensavam que a construção do Alvito estava suspensa e que ele próprio expressou ao ministro do Ambiente que "não concordava, nem aceitava" a decisão.

Luís Correia adiantou então que o anterior ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, em 20 de julho de 2015, assinou um despacho onde expressava o seu acordo com o contrato de revogação do Alvito.

E, em resposta, questionou o deputado do CDS-PP: "Não se sente enganado senhor deputado? É que eu sinto-me enganado. Infelizmente há uma decisão destas e eu não soube nem o senhor soube", concluiu.

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