Naturtejo: Município de Nisa está de saída do Geopark

Já é do conhecimento público que o município de Nisa pretende sair da Associação de Municípios Natureza e Tejo – Naturtejo. Tal decisão foi aprovada em Assembleia Municipal com 12 votos a favor pelas bancadas do PS, PSD e Miconisa e nove votos contra dos deputados da CDU.

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  • Publicado: 2016-07-25 06:58
  • Autor: Patrícia Calado

Já é do conhecimento público que o município de Nisa pretende sair da Associação de Municípios Natureza e Tejo – Naturtejo. Tal decisão foi aprovada em Assembleia Municipal com 12 votos a favor pelas bancadas do PS, PSD e Miconisa e nove votos contra dos deputados da CDU.

Armindo Jacinto, presidente da Naturtejo, afirmou, no sábado, não compreender a decisão do município em sair desta entidade. No entanto, segundo Armindo Jacinto, a base desta decisão está relacionada com as dívidas de Nisa com a Naturtejo.

“O processo de Nisa é um processo antigo. Nisa é um município que está em incumprimento com a Naturtejo relativamente ao pagamento. Obviamente sempre fomos tolerantes relativamente a este processo, mas Nisa entendeu que a melhor forma era sair”, explicou.

Apesar da saída, que ainda não está formalizada, Nisa vai ter de pagar a dívida. Para além disso, após a saída, o município não vai poder usufruir dos apoios de integração do território da UNESCO, nomeadamente em programas comunitários.

“Tínhamos um PROVER Alentejo e eles não vão poder beneficiar dessa estratégia que a Naturtejo fazia parte”, avançou Armindo Jacinto.

A saída do município de Nisa da Naturtejo não vai implicar a área classificada que se estende naquele território, “até porque há outros sócios que estão perfeitamente integrados e pretendem manter-se”.

“Nisa levou o processo à Assembleia Municipal, agora vai-nos comunicar essa saída. O município é que vai sair da Naturtejo, porque o território continua classificado até à próxima avaliação, onde podem entender que no território de Nisa nenhuma entidade faz um trabalho de preservação e podemos propor a sua exclusão”, esclareceu o presidente da Naturtejo.

Armindo Jacinto, que se mostrou contra esta decisão, acrescentou ainda que este é “um ato que com eles ficam”.  

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