O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, elogiou hoje a ligação entre a comunidade de Penha Garcia, em Idanha-a-Nova, e o projeto científico que esteve na génese do Geopark Naturtejo.
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, elogiou hoje a ligação entre a comunidade de Penha Garcia, em Idanha-a-Nova, e o projeto científico que esteve na génese do Geopark Naturtejo.
"É uma grande lição. O trabalho científico e a vitalidade da comunidade [Penha Garcia] encontraram-se, aliaram-se e fizeram o valor deste projeto [Geopark Naturtejo] que é reconhecido pela UNESCO", afirmou Castro Mendes.
O governante, que falava durante a sessão comemorativa dos dez anos da criação do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional - Geoparque Mundial da UNESCO, realçou a ligação entre a comunidade local e a científica, que se juntaram e arranjaram uma solução para defender o património geológico que estava em risco, em Penha Garcia.
O Geopark Naturtejo, que integra os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Penamacor, foi o primeiro geoparque português a integrar a Rede Global de Geoparques, constituída atualmente por 120 áreas em 33 estados-membros.
O presidente da Naturtejo e da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, realçou a "grande mais-valia" que o Geopark representa para a região e recordou os motivos que levaram à sua criação em 2006.
"Dez anos depois, muito conseguimos mas também sabemos que temos ainda muito mais a percorrer", disse.
Já a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, disse que o investimento público continua a ser determinante nestes territórios de baixa densidade.
Contudo, esta responsável adiantou que o novo quadro comunitário tem ferramentas de apoio para estes territórios, nomeadamente, através dos Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).
"Pela primeira vez temos um sistema de incentivos adequado aos territórios de baixa densidade", sustentou.
Segundo Ana Abrunhosa, há uma "diferenciação positiva" para as empresas que decidam apostar e investir nestes territórios e adiantou que projetos até 300 mil euros, podem usufruir de cerca de 80% a fundo perdido.
"Não existem territórios condenados ao fracasso. Idanha-a-Nova tem vários PROVERE assentes no turismo natureza e no setor cultural", concluiu.
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