O movimento Empresários pela Subsistência do Interior vai apresentar amanhã no Ministério da Economia as preocupações e propostas para a manutenção da competitividade das empresas da Beira Interior, disse hoje à Lusa o seu porta-voz.
O movimento Empresários pela Subsistência do Interior vai apresentar amanhã no Ministério da Economia as preocupações e propostas para a manutenção da competitividade das empresas da Beira Interior, disse hoje à Lusa o seu porta-voz.
Segundo Luís Veiga, do movimento de empresários dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, na audiência no Ministério da Economia deverá ser abordada, nomeadamente, a aplicação de portagens nas SCUT da Beira Interior.
O responsável disse que os empresários “não concordam” com a aplicação de portagens nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas), A25 (Aveiro/Vilar Formoso) e A 24 (Viseu/Vila Real), por terem efeitos “negativos” para as empresas instaladas na região.
Lembrou que um estudo relativo ao impacto da introdução de portagens naquelas três vias revelou que encerrariam 6.800 empresas e 17.100 trabalhadores ficariam desempregados.
Os empresários também tencionam dar conta da preocupação por, no programa do Governo, “nada ter sido dito sobre incentivos para o interior” do país.
“Nós queremos saber o que o Ministério da Economia pretende fazer e iremos propor uma série de medidas, tanto para a captação de investimentos para o interior - através de uma Agência de Desenvolvimento -, como para a estabilização da atividade económica existente”, declarou.
Luís Veiga considerou, em declarações à agência Lusa, necessário “manter” as empresas que estão sediadas na região “e criar novos investimentos”, sublinhando que a atual carga fiscal “é enorme” e que “as empresas estão a ser atacadas não só pela carga fiscal como a nível das taxas de impostos das autarquias”.
O movimento Empresários pela Subsistência do Interior também fará a apresentação do plano “Um modelo de desenvolvimento para o Interior”, que contém “medidas concretas para a atração de pessoas e investimentos, bem como para a manutenção da competitividade das empresas existentes” e apelou a que o atual Governo tenha “sensibilidade para com o Interior do país”, que está a braços com o despovoamento.
Dados dos Censos de 2011 indicam que, nos últimos dez anos, na região da Beira Interior, “houve uma perda de 31 mil habitantes”, apontou.
Admitiu que na reunião de quarta-feira os elementos do movimento irão “ouvir que o país vive uma situação difícil”, mas alertou que as situações que preocupam os empresários “são graves e têm de ter uma atenção especial por parte do Governo”.
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