O Bloco de Esquerda (BE) manifestou esta 2ª-feira a sua preocupação sobre um alegado protocolo entre a Câmara de Castelo Branco e o canil de Proença-a-Nova para o encaminhamento de animais recolhidos no concelho albicastrense.
O Bloco de Esquerda (BE) manifestou esta 2ª-feira a sua preocupação sobre um alegado protocolo entre a Câmara de Castelo Branco e o canil de Proença-a-Nova para o encaminhamento de animais recolhidos no concelho albicastrense.
"A situação veio a público nas redes sociais, que a Câmara de Castelo Branco, eventualmente, protocolou com o canil intermunicipal de Proença-a-Nova competências de acolhimento e encaminhamento dos animais recolhidos no concelho [de Castelo Branco]", disse Luís Barroso, do Bloco de Esquerda de Castelo Branco.
Luís Barroso explicou que o canil intermunicipal de Proença-a-Nova, no distrito de Castelo branco, recebe animais de 15 concelhos e procede a abates.
"Como é óbvio, ficámos muito admirados e preocupados com esta situação, porque o BE tem dado a cara pela defesa dos animais e toda esta envolvência no que diz respeito aos animais. A ilação que tiramos é que, se os animais forem transferidos de Castelo Branco para Proença-a-Nova, serão abatidos", frisou.
Segundo o responsável do BE, isto significa um retrocesso e uma interrupção do caminho que foi feito ao longo dos últimos 18 anos em Castelo Branco, ao nível da proteção e preservação da vida dos animais do concelho.
"O que é que defendemos? O BE quer, para já, que o vereador responsável pelo pelouro e o veterinário municipal venham a público esclarecer a situação. Não se podem continuar a escudar no silêncio comprometedor. Têm de vir a público esclarecer o que é que se está a passar efetivamente", sustentou.
Luís Barroso referiu que já fez um requerimento, através da Assembleia Municipal de Castelo Branco, a pedir cópia do protocolo com o canil intermunicipal de Proença-a-Nova e adiantou que vai procurar tentar esclarecer toda a situação.
"O BE opõe-se a qualquer situação que dite um retrocesso. Defendemos medidas de adoção e contra o abandono, de forma a evitar a sobrelotação do canil de Castelo Branco", disse.
Além disso, defende que o município de Castelo Branco tem que incrementar medidas, não só ao nível da adoção, como também da esterilização dos animais abandonados, negligenciados e errantes.
"Estas são medidas que evitarão que animais transferidos para Proença-a-Nova sejam abatidos", concluiu.
A Lusa questionou por escrito o município de Castelo Branco sobre a alegada existência deste protocolo para transferência dos animais do concelho para o canil de Proença-a-Nova, mas ainda não foi possível obter uma resposta.
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