Decorreu no passado fim de semana o Festival da Cereja, nos Montes da Senhora, uma iniciativa que atraiu centenas de visitantes.
Decorreu no passado fim de semana o Festival da Cereja, nos Montes da Senhora, uma iniciativa que atraiu centenas de visitantes.
Organizar a produção, com vista a uma maior articulação entre os proprietários dos pomares, e racionalizar os meios ao longo do circuito de comercialização são os principais desafios que se colocam na fileira da cereja. A opinião é de Lurdes Carvalho, professora da Escola Superior Agrária de Castelo Branco que há 26 anos se dedica à investigação em torno do setor.
Na conferência sobre produção e comercialização de cereja integrada no Festival da Cereja, Lurdes Carvalho defendeu ainda que poderia justificar-se a criação de uma Entidade Reguladora dos preços, não com vista à uniformização dos valores de venda, mas para “corrigir problemas de distribuição de lucros que hoje existem”.
Referindo-se ao vinho e ao azeite como exemplos de produtos agrícolas em que têm surgido marcas de qualidade no mercado, o presidente da câmara considerou haver sinais de que “algo está a mudar” na agricultura local. Além de agradecer aos produtores, representados na mesa por Tiago André e Amaro Martins, João Paulo Catarino deixou uma referência ao antecessor, Diamantino André, “a pessoa que mais se empenhou na divulgação das potencialidades do concelho para a produção de cereja”.
O Encontro de Folclore, organizado pelo Grupo de Danças e Cantares de Montes da Senhora, foi o destaque na programação de domingo, que incluiu ainda um passeio pedestre em que participaram cerca de 50 pessoas. Além do grupo anfitrião, participaram no encontro os ranchos de Oleiros, Vila Facaia (Pedrógão Grande) e Palmeiras.
Oito produtores participaram no certame com bancas de venda própria, mas a Liga dos Amigos de Montes da Senhora dinamizou igualmente um expositor para venda conjunta de cereja de agricultores sem capacidade para estarem representados individualmente. Também o Centro Ciência Viva da Floresta levou ao recinto atividades para os mais novos, estando ainda presentes empresas com produtos locais e dois espaços de artesanato ao vivo. Ao longo dos dois dias houve, além de muita cereja para provar, animação musical, jogos tradicionais e um workshop de confeção de doce de cereja.
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet