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Castelo Branco: "Os Verdes" satisfeitos com cancelamento de barragem do Alvito

O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) considerou esta 2ª-feira "positivo" o cancelamento da construção das barragens do Alvito e de Girabolhos, assim como a suspensão da barragem do Fridão, decisões que trazem “ganhos significativos” a nível ambiental e económico-social.

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  • Publicado: 2016-04-18 16:44
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) considerou esta 2ª-feira "positivo" o cancelamento da construção das barragens do Alvito e de Girabolhos, assim como a suspensão da barragem do Fridão, decisões que trazem “ganhos significativos” a nível ambiental e económico-social.

O Governo anunciou hoje o cancelamento da construção das barragens do Alvito, no Rio Tejo, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, e de Girabolhos, no rio Mondego, no concelho de Mangualde, enquanto a construção da barragem do Fridão, no rio Tâmega, no concelho de Amarante, foi suspensa por três anos.

“As conclusões trazem ganhos significativos para o ambiente e numa perspetiva económico-social. O fim da construção da barragem do Alvito, que já vinha do anterior Governo, mas, sobretudo, a decisão de não avançar com a construção da barragem de Girabolhos é uma decisão positiva e muito importante”, sublinhou Manuela Cunha, do PEV, em declarações à agência Lusa, após o Governo concluir a reavaliação do Programa Nacional de Barragens.

A suspensão da construção da barragem do Fridão para posterior reavaliação foi, segundo o PEV, “um ganho positivo”, apesar de continuar a defender o seu cancelamento definitivo.

“Preferíamos, obviamente, uma decisão definitiva também de parar [a construção]. No entanto, achamos que é uma decisão positiva. Temos agora três anos para demonstrar os impactos nocivos para o ambiente e do ponto de vista económico e social, além dos riscos para as populações locais, que esta construção acarreta”, salientou Manuela Cunha.

Esta responsável do PEV esclareceu que a reavaliação do Programa Nacional de Barragens apenas incidiu sobre as barragens, cujas obras ainda não se iniciaram, razão pela qual a construção da barragem do Alto Tâmega, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, (que implica construção de três barragens, conhecida como a cascata do Tâmega), vai prosseguir.

“O Governo considerou que já estavam em construção as barragens da cascata do Tâmega, e, por isso, decidiu manter. Na nossa opinião, as obras eram mínimas, mas o Governo disse que não avançar iria trazer grandes encargos para o Estado”, salientou Manuela Cunha.

Apesar de as conclusões hoje anunciadas pelo Governo não serem totalmente do agrado do PEV, este partido congratula-se com as decisões agora tomadas.

“Consideramos que valeu a pena a pressão que fizemos e a luta que travámos contra a construção de todas estas barragens. Ficou demonstrado que elas não eram necessárias ao país. Há duas delas que não vão ser construídas, Alvito e Girabolhos, e, por outro lado, há a suspensão de uma barragem cujos impactos são enormes, caso venha a avançar”, destacou Manuela Cunha.

O Plano Nacional de Barragens, criado em 2007, contemplava, inicialmente, a construção de dez novas barragens, mas que, atualmente, o documento prevê a construção de seis novos destes equipamentos.

A construção das barragens do Alvito e de Almourol, no rio Tejo, de Pedrozelo, num afluente do rio Tâmega, e do Pinhozão, no rio Vouga, são as quatro barragens que deixaram de fazer parte do Plano Nacional de Barragens.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, reuniu esta manhã com os promotores e os municípios afetados pelas barragens do Tâmega, Alvito, Fridão e Girabolhos, para apresentação dos resultados da reavaliação do Programa Nacional de Barragens.

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