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Francisco Tavares Proença Júnior homenageado em Lisboa

Um Colóquio de homenagem ao arqueólogo Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916) subordinada ao tema Carta arqueológica do distrito de Castelo Branco – contributos para uma revisão cem anos depois, vai decorrer no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, no próximo dia 11 de Outubro.

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  • Publicado: 2016-10-07 07:49
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

Um Colóquio de homenagem ao arqueólogo Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916) subordinada ao tema Carta arqueológica do distrito de Castelo Branco – contributos para uma revisão cem anos depois, vai decorrer no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, no próximo dia 11 de Outubro.

 Organizado pela Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses, com a colaboração da Secção de Arqueologia da Sociedade de Geografia de Lisboa, o evento conta com o apoio da Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior.

O principal objetivo deste Colóquio é o de abordar a vida e obra deste pioneiro da arqueologia portuguesa através da sua obra de 1910, a Carta Arqueológica do Distrito de Castelo Branco, procurando evidenciar o avanço que desde então se produziu no conhecimento arqueológico daquele território.

As várias comunicações programadas apresentarão assim cem anos depois a actualização desse conhecimento através da apresentação dos trabalhos de vários investigadores da região, nomeadamente referentes à carta arqueológica da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, e às dos concelhos de Belmonte, Fundão, Covilhã, Penamacor, Idanha-a-Nova e Castelo Branco.

Também no âmbito deste Colóquio será efetuada a mesa-redonda, Acervos Arqueológicos: Depósitos vivos ou “Armazéns” mortos?

Nos últimos vinte anos a expansão em quantidade dos trabalhos arqueológicos desenvolvidos, maioritariamente devido à chamada arqueologia preventiva e de acompanhamento de projetos e obras, levou a uma profusão dos espólios, que em muitos casos são depositados sem serem objeto de estudo científico, pelo que não existe pelo menos uma imediata contribuição na produção conhecimento e na respetiva divulgação das evidências. Ir-se-á assim procurar refletir sobre o destino dos bens patrimoniais móveis resultantes de intervenções arqueológicas e dos respectivos registos, questão central necessária ao controlo de qualidade da actividade arqueológica.

Por fim será apresentada pela Sociedade de Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior a edição fac-similada de 1910 da Carta Arqueológica do Distrito de Castelo Branco de Francisco Tavares Proença Júnior.

 

Nota biográfica

Francisco Tavares Proença Júnior nasceu em Lisboa a 1 de Junho de 1883, e após ter passado pelo colégio Arreton Vicarage, na ilha de Wight, Inglaterra, ingressou em 1902 na Faculdade de Direito em Coimbra, altura em que surgem as primeiras referências ao seu gosto pela arqueologia, tendo começado a frequentar o Instituto de Coimbra, academia científica, literária e artística.

Em 1903 descobriu a Anta da Urgeira (Perais, em Vila Velha de Ródão) e fez os primeiros registos topográficos da área Senhora de Mércoles/Santa Ana/São Martinho (Castelo Branco). Em 1905 foi convidado a participar no Congrès Préhistorique de France, no qual apresentou duas comunicações, numa das quais deu a conhecer as estelas descobertas no Monte de São Martinho.

Em 1908 propôs a Câmara Municipal de Castelo Branco a criação de museu, que cedeu para o efeito a capela do Convento de Santo António. A 17 de Abril de 1910 foi inaugurado o museu por si financiado e que integrava a sua colecção de arqueologia. Em Agosto desse ano lançou o n.º 1 da revista Materiaes para o estudo das antiguidades portuguezas, da qual, até ao final do ano saíram mais dois volumes.

Tendo aderido à Causa Monárquica, após a implantação da República, acabou por se exilar, não tendo voltado mais a Portugal, tendo falecido a 24 de Setembro de 1916 em La Rosiaz, na Suiça. No mês seguinte a Câmara Municipal de Castelo Branco aprovou por unanimidade a alteração do nome do museu para Museu Municipal Tavares Proença Júnior.

 

 

PROGRAMA

 

10.00 - Abertura

José Morais Arnaud – Direcção da Associação dos Arqueólogos Portugueses

João Marques – Secção de História/Associação dos Arqueólogos Portugueses

Ana Cristina Martins – Secção de Arqueologia/Sociedade de Geografia de Lisboa

Fernando Raposo – Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Castelo Branco

Filomena Niza – Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior

10.30 - Francisco Tavares Proença Júnior, Arqueólogo, Archéologue

Documentário de Olga Ramos apresentado por Carlos Fabião - Faculdade de Letras/Universidade de Lisboa e Ana Ferreira - Museu Municipal Santos Rocha/CM da Figueira da Foz

11.10 - Intervalo

11.30 - Carta Arqueológica da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa 100 anos depois de Francisco Tavares Proença Júnior

Francisco Henriques, João Caninas, Mário Chambino – Associação de Estudos do Alto Tejo

11.50 - Carta arqueológica do Concelho de Belmonte após Francisco Tavares Proença Júnior

Elizabete Robalo – CM de Belmonte

12.10 - Contributos para a carta arqueológica do concelho do Fundão

Joana Bizarro – Museu Arqueológico Municipal do Fundão

12.30 - Tavares Proença Júnior e a Covilhã – Um trabalho por acabar

Carlos Madaleno – Coordenador dos Museus Municipais da Covilhã

12.50 - Debate

13.00 - Almoço

14.30 - Arqueologia do concelho de Penamacor. Do inventário de 1910 ao inventário de 2016

Sara Ferro – Investigadora

14.50 - Carta arqueológica da região egitaniense. De Francisco Tavares Proença Júnior à atualidade

Joaquim Batista – IPCB/Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova

15.10 - Prospectando em redor de Idanha-a-Velha (1991) e novos percursos de investigação, 25 anos depois

José da Silva Ruivo – Museu Monográfico de Conímbriga

Luís da Silva Fernandes – Investigador

Pedro C. Carvalho – Faculdade de Letras/Universidade de Coimbra

Sofia Lacerda – Faculdade de Letras/Universidade de Coimbra

15.30 - Francisco Tavares de Proença Júnior o primeiro horizonte: Do triângulo das origens, Mércules, Santa Ana e São Martinho, à emergência da arqueologia periurbana albicastrense

Pedro Salvado – Museu Arqueológico Municipal do Fundão

15.50 - Vestígios Romanos do concelho de Castelo Branco na Carta Arqueológica de Tavares Proença

Manuel Leitão – Investigador

16.10 - A exposição de arqueologia do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior em 2004

Ana Ferreira – Museu Municipal Santos Rocha / CM da Figueira da Foz

16.30 - Debate

16.40 - Intervalo

17.00 - Mesa-redonda

Acervos arqueológicos: depósitos vivos ou “armazéns” mortos?

Ana Cristina Martins – Secção de Arqueologia/Sociedade de Geografia de Lisboa (moderação)

Luís Raposo – MN Arqueologia; Presidente ICOM Europa

Jacinta Bugalhão – DGPC; UNIARQ – FL/UL; CEAACP

Pedro Salvado – Director do Museu Arqueológico Municipal do Fundão

António Marques – Centro de Arqueologia de Lisboa/CM Lisboa

18.00 - Encerramento

João Marques, Teresa Marques, Carlos Boavida – Secção de História/Ass. Arqueólogos Portugueses

Ana Cristina Martins, João Senna-Martínez, Ana Ávila – Secção de Arqueologia/Soc. Geografia de Lisboa

 

Apresentação da edição fac-similada de 1910 da Carta Arqueológica do Distrito de Castelo Branco de Francisco Tavares Proença Júnior

Adelaide Salvado, presidente do conselho director da Sociedade de Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior

Porto de Honra acompanhado de sabores da Beira

 

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