Casa da Moeda apresenta moeda sobre o Lince Ibérico

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) inaugura uma série de moedas de coleção com a apresentação, na terça-feira, em Mértola, no Baixo Alentejo, de uma moeda dedicada ao Lince Ibérico, anunciou a instituição.

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  • Publicado: 2016-11-12 12:44
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) inaugura uma série de moedas de coleção com a apresentação, na terça-feira, em Mértola, no Baixo Alentejo, de uma moeda dedicada ao Lince Ibérico, anunciou a instituição.

A moeda, da autoria do escultor Luís Valadares, é apresentada às 14:00, no Cineteatro Marques Duque, em Mértola, juntamente com o livro infanto-juvenil “Sou o Lince Ibérico”, de Maria João Freitas, texto, e ilustrações de Tiago e Nadia Albuquerque, uma edição INCM que faz parte do programa educacional do Museu Casa da Moeda.

Tanto a moeda como o livro possuem uma vertente solidária, contribuindo com parte da receita para o Fundo Ambiental do Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade, gerido atualmente pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), segundo a mesma fonte.

A nova série de moedas de coleção intitula-se “Espécies Ameaçadas”, com o intuito de promover o conhecimento e a conservação das espécies em perigo da fauna e flora nacionais, segundo a mesma fonte.

A moeda do Lince Ibérico tem o valor facial de cinco euros e conta com uma emissão limitada a 2.500 exemplares em prata, com acabamento 'proof', correspondente a moedas que apresentam o campo espelhado e os relevos matizados, e são cunhadas sobre discos metálicos especialmente preparados e com cunhos foscados e polidos.

A INCM emite também uma série de moedas limitada a 75.000 exemplares, em cuproníquel com acabamento normal.

Parte da receita da moeda Lince Ibérico irá reverter para o Fundo Ambiental do Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade, gerido atualmente pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que receberá o contributo de 2,50 euros por cada moeda de acabamento especial vendida.

“No caso das moedas de acabamento normal, 50% da diferença entre os custos de produção e o valor facial das moedas efetivamente colocadas junto do público terá também como destino aquele Fundo Ambiental”, afirmou à Lusa fonte da INCM.

O livro “Sou o Lince Ibérico” é uma edição INCM/Museu Casa da Moeda, em colaboração com a editora Pato Lógico, A obra tem a supervisão da bióloga Luísa Ferreira Nunes, “e procura sensibilizar a sociedade, em especial o público mais jovem, para as causas ecológicas, da biodiversidade e da proteção do ambiente”

Por cada exemplar vendido desta obra, o Fundo Ambiental do Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade receberá o contributo de um euro.

Na sessão de apresentação, em Mértola, além dos autores, estará também presente a secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, o presidente da Câmara Municipal de Mértola, Jorge Rosa, o presidente do Conselho Diretivo do ICNF, Rogério Rodrigues, e o presidente do da INCM, Rui Carp.

Segundo o World Wide Fund For Nature (WWF) o Lince Ibérico é a espécie de felino mais ameaçada do mundo, estando numa “situação crítica a nível mundial”.

Com uma área de distribuição histórica extremamente reduzida e fragmentada, ocupando apenas áreas de Portugal e Espanha, esta espécie encontra-se classificada como o carnívoro mais ameaçado na Europa e o felino mais ameaçado no mundo, tendo sido recentemente classificado pela União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) como criticamente ameaçado.

Segundo o WWF atualmente existem duas populações reprodutoras, em Doñana e Andujár-Cardeña, no extremo oriental da serra Morena, na região espanhola de Andaluzia.

Em Portugal os territórios de distribuição histórica da espécie são o sítio de Rede Natura de Monchique, no Algarve, na serra do Caldeirão, entre o Baixo Alentejo e o Sotavento algarvio, o Parque Natural do Vale do Guadiana, sudeste de Portugal, a Rede Natura em Moura/Barrancos, no Baixo Alentejo, e o Parque Natural Serra da Malcata, no concelho de Penamacor, na Beira Baixa.

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