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Equipa cinoténica da GNR de deteção de venenos realizou 305 patrulhas num ano

A equipa cinotécnica da GNR de deteção de venenos realizou, num ano, 305 patrulhas em zonas protegidas de Castelo Branco, Évora e Beja, tendo encontrado vários animais suspeitos de envenenamento e um dos casos está em tribunal.

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  • Publicado: 2016-11-19 13:59
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A equipa cinotécnica da GNR de deteção de venenos realizou, num ano, 305 patrulhas em zonas protegidas de Castelo Branco, Évora e Beja, tendo encontrado vários animais suspeitos de envenenamento e um dos casos está em tribunal.

Composta por sete cães pastores Belga Mallinois, a primeira equipa cinotécnica de deteção de venenos em Portugal foi criada há um ano pela Guarda Nacional Republicana no âmbito do projeto “life imperial”, de conservação da águia-imperial ibérica, uma das aves de rapina mais ameaçada do mundo pela ação humana.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador desta equipa, capitão Gonçalo Brito, afirmou que o alvo deste projeto, cofinanciado pela União Europeia, é a proteção da águia-imperial ibérica, mas todos os animais que coabitem em zonas protegidas também são abrangidos pela vigilância, uma vez que podem ser envenenados.

No âmbito deste projeto, esta equipa, que trabalha em conjunto com os militares do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), tem dois binómios de deteção de venenos em Castelo Branco (Parque do Tejo Internacional), outros dois em Évora (na área de Reguengos, Moura, Mourão e Barrancos) e outros dois binómios em Beja (na zona de Castro Verde e Mértola).

Segundo o capitão Gonçalo Brito, a equipa cinotécnica que está em Castelo Branco realizou, num ano, 105 patrulhas, que permitiram localizar três gaiolas - equipamento utilizados para capturar de animais – e três gaiolas com iscos e três animais já cadáveres com suspeitas de envenenamento, sendo este o caso que está em tribunal.

Em Évora, foram realizadas 108 patrulhas sem registos e, em Beja, os cães efetuarem 92 ações, tendo detetado pedaços de carne com envenenamento, uma raposa, um animal silvestres e dois milhafres reais mortos por suspeitas de envenenamento.

O coordenador da equipa adiantou que todas estas situações ainda estão a ser investigadas.

Gonçalo Brito explicou que o trabalho da equipa cinotécnica é de deteção das situações e dos animais, ficando o restante processo de investigação a cargo do SEPNA, que trabalha juntamente com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O militar da GNR disse também que é difícil precisar quem comete estes crimes de envenenamento de animais, mas adiantou que podem ser agricultores, caçadores ou pessoas ligadas à caça.

Esta equipa cinotécnica tem um carácter preventivo, com o intuito de detetar situações de uso ilegal de venenos, nomeadamente a presença de iscos envenenados, e reativo, com o objetivo de verificar situações com animais selvagens ou domésticos, com indícios de envenenamento.

O capitão Gonçalo Brito adiantou que um dos trabalhos desta equipa passa também por informar a população local, uma vez que os envenenamentos na natureza constitui atualmente um crime e era uma prática comum há alguns anos, sendo por isso necessário alterar costumes.

O coordenador desta equipa destacou ainda à Lusa o potencial de utilização destes cães, que podem vir a ser utilizados na deteção de envenenamentos em meio urbano.

Gonçalo Brito referiu que há situações reportadas à GNR relacionadas com o envenenamento de cães e gatos em meio urbano, existindo “aqui também uma área com potencial para desenvolver e aproveitar estes recursos”.

O coordenador da equipa avançou ainda que a GNR vai iniciar, em fevereiro do próximo ano, na zona de Bragança, patrulhas com dois binómios também com a função de detetar venenos em animais.

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