A Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes, na Sertã, foi o palco escolhido para a apresentação do livro “Persianas” de Miguel-Manso, na passada semana.
A Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes, na Sertã, foi o palco escolhido para a apresentação do livro “Persianas” de Miguel-Manso, na passada semana.
José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, mostrou-se bastante satisfeito por testemunhar a apresentação do livro de Miguel-Manso na Sertã, terra com a qual o autor possui uma forte ligação. O autarca recordou “Bibliografia”, o filme-documentário liderado pelos irmãos Miguel e João Manso que retrata a viagem, nos anos sessenta, de quatro amigos que resolveram construir uma jangada e partir da Foz da Ribeira da Sertã até ao Cais das Colunas, em Lisboa. Desejou as maiores felicidades ao autor, ao livro e à sua obra, pois trata-se de “um poeta com a vocação de poeta”, que encontra “no Concelho da Sertã o ambiente propício e a inspiração ideal para que a sua obra continue a crescer. Espero que se sinta bem cá e que aqui continue muitos anos”, sublinhou José Farinha Nunes. O Presidente da Câmara Municipal da Sertã não deixou passar em claro a presença do jornalista Fernando Alves e do crítico literário, cronista e poeta Pedro Mexia, enaltecendo as qualidades de ambos no desempenho das suas atividades profissionais.
Pedro Mexia esteve em representação da editora Tinta da China, como organizador da coleção de que o livro faz parte. Sobre a obra, referiu: "Persianas é um jogo de Tetris onde as palavras encaixam em surpresas sintáticas, arcaísmos, gracejos, piruetas, apóstrofes e autoironias".
Fernando Alves recordou os tempos de juventude vividos na Maljoga, na freguesia de Várzea dos Cavaleiros. Em relação ao livro “Persianas” começou por dizer “Sei o que é, mas não sei explicar”, adiantando depois que o livro desafia o leitor “a reparar nas coisas”. Comparou a leitura do livro à descida do pomar perto de sua casa, para “regar as laranjeiras e os canteiros de abóbora e meloal”. Terminou dizendo que dará “a este livro um lugar destacado na estante onde ele há de ganhar, ‘apesar do amor’ e do ‘cuidado doméstico’, a ‘pequena marca de pó nas páginas’ “, numa sessão que registou a presença de 70 pessoas.
Nascido em Santarém em 1979, Miguel-Manso viveu em Almeirim e em Lisboa, residindo atualmente em Vale do Pereiro, no concelho da Sertã. ”Persianas” é o décimo título lançado pelo autor e o primeiro com a chancela das edições Tinta da China.
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