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Castelo Branco: CIMBB define metas de crescimento até 2020

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB)  considera que algumas das metas definidas na Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial até 2020 só poderão ser alcançadas caso haja uma discriminação positiva para a região por parte do Governo.

  • Região
  • Publicado: 2015-02-17 07:58
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa -CIMBB- (que integra os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão) considera que algumas das metas definidas na Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial até 2020 só poderão ser alcançadas caso haja uma discriminação positiva para a região por parte do Governo.

“Estamos conscientes de que na componente da sustentabilidade facilmente conseguiremos alcançar as metas propostas atendendo a que a região tem elevados índices de conservação ambiental e de energia produzida por métodos renováveis, para além de uma qualidade do ar ao nível dos melhores índices nacionais. Agora, na componente do crescimento económico e da inclusão social, dificilmente seremos bem-sucedidos se não tivermos um apoio concreto e específico, tendo em conta que somos a região com o menor rendimento per capita do país”, refere João Paulo Catarino,  no comunicado enviado à redação do Diário Digital Castelo Branco. “Se as medidas e os apoios forem transversais ao território nacional, os mais pobres continuarão sempre mais pobres e a coesão mais distante”.

A Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial, apresentada aos conselheiros do Conselho de Coordenação Intersetorial da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) no dia 13 de Fevereiro, aponta indicadores e metas que as comunidades intermunicipais terão de alcançar até finais de 2020. Entre elas incluem-se uma taxa de desemprego inferior a 5 %: “Só será possível alcançar esta taxa se o país, de uma forma geral, crescer acima dos 2,5 % do PIB, caso contrário dificilmente a região, e o país, atingirá esta meta”, salienta João Paulo Catarino. Também o objetivo que aponta 1% do PIB a ser investido em I&D se revela difícil de alcançar tendo em conta que a maior parte do tecido empresarial da Beira Baixa é composto por micro e pequenas empresas, com dificuldades acrescidas em apostar na investigação & desenvolvimento.

Também no âmbito do crescimento inclusivo, o presidente da CIMBB vê com grande apreensão a proposta de reduzir a população em risco de pobreza para uma percentagem inferior a 25%, quando o valor atual é de 45%, atendendo a que uma das fontes de rendimento da população da Beira Baixa é proveniente das contribuições da Segurança Social (pensões, subsídio de desemprego e RSI) e, no caso das pensões sociais, uma parte significativa é de sobrevivência e de valor reduzido. “Consideramos que apenas a criação de emprego com rendimentos superiores ao salário mínimo nacional poderá ajudar a atingir os objetivos nesta vertente”.

Esta Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial foi elaborada com o apoio de uma empresa de consultoria e pelos parceiros regionais que compõem o Grupo de Ação Regional, que reuniram com cerca de 60 entidades da Beira Baixa, nas vertentes de crescimento inclusivo, sustentável e inclusivo. “Em 2020, a Beira Baixa deve afirmar-se como um espaço de ligação à Europa, através da aposta em dinâmicas socioeconómicas e empresariais transfronteiriças, da valorização económica dos seus recursos naturais e culturais e do reforço de um sistema urbano policêntrico como elemento chave para a retenção e captação de talento”, revela o documento.

Agroindústria, floresta e turismo são eixos prioritários de acordo com a estratégia de desenvolvimento da região. As medidas a desenvolver incluem programas de apoio à iniciativa empresarial, à fileira florestal, à gestão e valorização integrada dos recursos naturais e à marca Beira Baixa – Terras de Excelência, entre outros. A estratégia definida está igualmente alinhada com as prioridades nucleares CRER 2020 e as prioridades Europa 2020.

“O documento foi aprovado por unanimidade por todos os conselheiros e a garantia que a CIMBB deixou é que tudo faremos para alcançar as medidas aí definidas. Mas temos consciência que algumas metas não dependerão só de nós: a estratégia propriamente dita tem como eixo central as empresas e a criação de riqueza através do tecido empresarial”, conclui João Paulo Catarino, presidente da CIMBB.

A coordenação geral e gestão dos fundos comunitários é assumida pela CIMBB, tendo o acompanhamento do Grupo de Ação Regional Beira Baixa 2020, estando ainda prevista a criação do Observatório Regional da Beira Baixa.

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