Os Prémios Acesso Cultura 2016 distinguiram o projeto Há Festa no Campo / Aldeias Artísticas, promovido pelas associações EcoGerminar e Terceira Pessoa, com uma Menção Honrosa - Acessibilidade Social. A cerimónia de entrega dos prémios decorreu no passado dia 17 de junho, no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado em Lisboa.
Os Prémios Acesso Cultura 2016 distinguiram o projeto Há Festa no Campo / Aldeias Artísticas, promovido pelas associações EcoGerminar e Terceira Pessoa, com uma Menção Honrosa - Acessibilidade Social. A cerimónia de entrega dos prémios decorreu no passado dia 17 de junho, no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado em Lisboa.
A Acesso Cultura pretende através destes prémios distinguir, divulgar e promover entidades (privadas, públicas, cooperativas, associações e outras) e projetos que se diferenciam pelo desenvolvimento de políticas exemplares e de boas práticas na promoção da melhoria das condições de acesso – nomeadamente físico, social e intelectual – aos espaços culturais e à oferta cultural, em Portugal, anuncia o comunicado enviado ao Diário Digital. Pretende ainda criar exigência junto dos públicos, com vista à melhoria da acessibilidade, assumida como um todo.
Este ano foram recebidas 38 candidaturas ao nível nacional, apreciadas por um júri composto por Ana Garcia, especialista em Turismo Acessível e membro da Direcção da ENAT – European Network of Accessible Tourism e sua representante em Portugal, Graça Santa-Bárbara, museóloga, responsável pela Comunicação do Museu Nacional dos Coches e associada da Acesso Cultura e Marta Silva, bailarina e directora do Largo Residências.
O Há Festa no Campo / Aldeias Artísticas foi um dos projetos distinguidos, destacando o júri a excelência do projeto no desenvolvimento das aldeias através de práticas artísticas, incluindo as comunidades de forma ativa e participativa no desenvolvimento integrado e sustentável do seu território.
"Foi com muito entusiasmo que recebemos a notícia desta distinção ao trabalho que temos desenvolvido nas aldeias. É mais uma validação e prova de que o projeto tem valor e distingue-se também pela sua inovação ao nível da cultura e desenvolvimento social local das aldeias. Através da arte e da cultura estas aldeias continuam a criar a sua história e são hoje lugares de futuro. É essa promessa que hoje habita as aldeias do Barbaído, Chão da Vã, Freixial do Campo e Juncal do Campo e está pronta para continuar a ser escrita." - adiantam os responsáveis das associações EcoGerminar e Terceira Pessoa.
A organização aponta assim várias ideias para a continuação do projeto. Para além do forte envolvimento das pessoas (de cá e de fora) que já não concebem estes territórios sem estas dinâmicas, a organização aponta várias possibilidades de continuação do trabalho que vão desde a organização e promoção de passeios e visitas guiadas pelas aldeias e pelo circuito de arte pública, a criação de dinâmicas de uma aldeia pedagógica que consiga chamar as crianças e famílias às aldeias e dinâmicas de serviço educativo que liguem também as aldeias às escolas e a outros projetos culturais existentes na zona de Castelo Branco e fora dela.
"Olhando para o trabalho que foi feito e pensando em todo o esforço investido, seria um desperdício que não existisse uma continuidade. O valor do projeto é reconhecido a vários níveis e com uma abrangência nacional e alguns ecos internacionais. Existem outros territórios e outras iniciativas a replicarem algumas das dinâmicas do "Há Festa no Campo" e das "Aldeias Artísticas". O documentário que estamos a realizar sobre o projeto tem circulado por vários locais e despertado as populações de outras aldeias para a importância destas dinâmicas de arte, comunidade e sustentabilidade. É preciso que esse reconhecimento seja assumido também pelas entidades públicas locais, que têm o dever também de estimular e acompanhar projetos de reconhecida qualidade e que acontecem localmente. São também eles que, ao mesmo tempo que desenvolvem a região internamente, a podem projetar para o exterior."
No comunicado enviado ao Diário Digital, a equipa do Há Festa no Campo agradece o prémio recebido à Acesso Cultura e ao júri do prémio, às associações EcoGerminar e Terceira Pessoa - promotoras do projeto - pela coragem de arriscarem numa história improvável, a toda a equipa pelo esforço e dedicação contínua, à Fundação Calouste Gulbenkian / Programa PARTIS pelo apoio e voto de confiança desde o primeiro momento, a todos os parceiros e artistas que têm dado o seu contributo para tornarem este caminho possível e, por último, a todos os habitantes das aldeias do Barbaído, Chão da Vã, Freixial do Campo e Juncal do Campo, pela forma como têm tomado o projeto como deles e como têm deixado a arte fazer parte das suas vidas de uma forma tão especia
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