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Castelo Branco: Jornadas de Enfermagem do HAL chegaram ao fim com reflexão

No final das 2ªs Jornadas de Enfermagem do serviço de Medicina Interna do Hospital Amato Lusitano (HAL), Leonel Grencho, destacou como “nota fundamental” dos trabalhos as chamadas de atenção para a importância da “relação serena e empática, com as pessoas que são cuidadas pela equipa de enfermagem, neste serviço hospitalar, estejam elas em que situação estiverem”.

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  • Publicado: 2016-10-27 14:07
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

No final das 2ªs Jornadas de Enfermagem do serviço de Medicina Interna do Hospital Amato Lusitano (HAL), Leonel Grencho, destacou como “nota fundamental” dos trabalhos as chamadas de atenção para a importância da “relação serena e empática, com as pessoas que são cuidadas pela equipa de enfermagem, neste serviço hospitalar, estejam elas em que situação estiverem”.

O Presidente da Comissão Cientifica do evento defendeu ainda uma “especial atenção” e “especial cuidado” pelo “aprofundamento” do que é a “especificidade” da Enfermagem. O presidente das Jornadas, Carlos Almeida desejou que as propostas surgidas nas mesmas ajudem a uma “melhoria da Enfermagem em geral” e a responder aos desafios que a sociedade tem para este setor.

Neste sentido, Lucília Nunes, Vice-presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, desafiou os presentes a “desenvolver a Enfermagem do ponto de vista das respostas às necessidades de cuidados de enfermagem da população, do acesso a esses cuidados, da valorização da profissão, da apropriação do seu sentido e das alterações tecnológicas”, sem se refugiar nas “dificuldades que existem”.

A manhã contou com a presença de vários peritos que apresentando as necessidades em termos de dependência dos doentes que são assistidos no serviço de Medicina Interna, debateram o contributo das várias especialidades em enfermagem e a capacitação da família enquanto cuidadora informal.

Na parte da tarde, os Enfermeiros defenderam a necessidade de “procurar um lugar para a pessoa em fim de vida no hospital de agudos”, porque o mundo da saúde é “um cenário de vida e de vidas, de sentimentos e sofrimentos e de Enfermeiros dotados também eles de emoções e sentimentos”.

No final Manuel Lopes, Coordenador Nacional para a reforma dos Cuidados Continuados Integrados, assinalou que num contexto de “um SNS organizado em silos”, tem faltado uma “rede orgânica”, para que “todo o Sistema de Saúde seja mais comunicativo”.

As 2ªs Jornadas de Enfermagem do serviço de Medicina Interna tiveram como tema, em 2016, „Desafios para o futuro‟, reunindo cerca de centena e meia de profissionais da ULS de Castelo Branco, professores e alunos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias e de enfermeiros de outros contextos da área da saúde.

Como conclusões das Jornadas, os Enfermeiros debateram “novos cenários” no mundo da saúde, que exigem que a Enfermagem seja, como tem sido ao longo da sua história, “muito ativa, muito criativa”. Defendeu-se a passagem de “uma Enfermagem instrumental para uma Enfermagem cultural, junto das pessoas e das famílias”, nas suas comunidades.

O surgimento de cada nova tecnologia muda a forma de fazer enfermagem, pelo que não basta “mudar de atores”. Os enfermeiros que participaram nestas jornadas colocaram em contraponto duas “lógicas diferentes”, a política e a da Enfermagem, realçando a “fragmentação e relativismo” políticos, que fazem leituras em “chave política” e com “sentido economicista”.

Os Enfermeiros têm, por isso, de saber “conquistar as pessoas”, afirmar a dimensão dos cuidados que prestam, “deixar de ser uma Enfermagem do „não‟. “Não podemos resignar-nos a que os Enfermeiros não apareçam no sistema”, afirma o presidente das Jornadas.

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