Ricardo Araújo Pereira angaria 5.500 euros para Proença-a-Nova, Sertã e Oleiros

Espectáculo de Ricardo Araújo Pereira angaria 5.500 euros para os Municípios de Proença-a-Nova, Sertã e Oleiros. João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, explicou  que 80% da verba seria distribuída equitativamente por Sertã e Oleiros, ficando o concelho com os restantes 20%.

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  • Publicado: 2017-11-21 07:09
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

O salão polivalente dos Paços do Concelho foi pequeno para acolher todas as pessoas que demonstraram vontade de adquirir bilhete para o espetáculo de Ricardo Araújo Pereira: “Uma Conversa sobre Assuntos”, realizado esta sexta-feira, 17 de novembro.

Foram angariados 5.500 euros de bilheteira que reverteram na totalidade para os Municípios de Proença-a-Nova, Sertã e Oleiros.

João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, explicou no fim do espetáculo que 80% da verba seria distribuída equitativamente por Sertã e Oleiros, ficando o concelho com os restantes 20%. “Os incêndios deste ano devastaram-nos 7.400 hectares, mas felizmente não fomos atingidos como Oleiros e Sertã. Achámos por bem fazer esta divisão, agradecendo desde já ao Ricardo Araújo Pereira pela forma altruísta com que olhou para esta tragédia e também aos 550 que estão nesta sala que potenciaram esta verba. Enquanto território devemos partilhar e ser solidários naquilo que é a diferença, quando somos atingidos também de forma diferente”.

Para João Lobo, os próximos anos vão ser muito exigentes para todas as pessoas afetadas pelos incêndios.

Continuaremos, com certeza, todos unidos para não deixar que estes territórios se desertifiquem mais e assim, rindo, também vamos conseguir que voltem a renascer”, referiu.

Ricardo Araújo Pereira mostrou-se comovido com a forma como a verba que angariou foi dividida e com a adesão que a iniciativa teve.

Teria sido muito ridículo se eu dissesse: vou fazer uma série de espetáculos cuja receita reverte a favor das pessoas e depois aparecessem três pessoas e eu doasse 30 euros, era uma chatice. Aliás, não sou eu que estou a doar, é toda a gente que aqui veio e que faz dois esforços diferentes: o esforço de dar os dez euros pelo bilhete e depois ainda aguentar-me durante duas horas. Confesso-vos que se estivesse na vossa posição, em vez de pagar dez euros para vir ver-me falar duas horas, eu pagava 20 para ficar em casa”. Sem sacrifícios, os risos foram uma constante durante o espetáculo, tal como a participação de pessoas de vários pontos geográficos.

Fora do palco, Ricardo Araújo Pereira revelou que há muitos locais onde está a realizar este espetáculo que está a visitar pela primeira vez. “Eu próprio enfio o barrete quando as pessoas dizem que só se fala de nós quando há desgraças. A Proença-a-Nova já tinha vindo mas há muitos sítios que estou a visitar pela primeira vez e não faz sentido. Uma das coisas que retiro disto é que quem vem visitar o interior não vem ajudar o interior, vem ajudar-se a si próprio, vem aprender coisas, come um queijinho, uma chouriça, come maranho e bucho… eu acho que nós enquanto país temos de pensar que é absurdo num país que tem, sei lá, 200 quilómetros de largura, falar-se em interior”.

No final, cada agregado familiar recebeu o livro “Mixórdia de Temáticas – Série Miranda”, oferta das edições Tinta da China. Fica ainda o agradecimento à Pirotecnia Oleirense que ofereceu o trabalho com o sistema de som e de luzes do espetáculo.

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