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Aluno de Doutoramento da UBI premiado como "investigador promissor"

Luís Monteiro, do 3.º Ciclo em Medicina, venceu prémio internacional atribuído pelo Movimento Vasco da Gama, no âmbito do congresso organizado pela WONCA Europe, entidade que congrega médicos de família do continente europeu.

  • Educação
  • Publicado: 2017-07-13 08:11
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

Luís Monteiro, do 3.º Ciclo em Medicina, venceu prémio internacional atribuído pelo Movimento Vasco da Gama, no âmbito do congresso organizado pela WONCA Europe, entidade que congrega médicos de família do continente europeu.

O estudante da Universidade da Beira Interior (UBI), Luís Monteiro, venceu um prémio que o destaca como cientista promissor na área da saúde. O "Promising Research Award" foi atribuído ao aluno de 3.º Ciclo/Doutoramento em Medicina pela associação internacional Movimento Vasco da Gama/The Vasco da Gama Movement (VdGM), ex aequo com o irlandês Patrick O’Donnell. O galardão foi entregue na capital da República Checa, Praga, no âmbito do congresso organizado pela WONCA Europe, entidade que congrega médicos de família do continente europeu. Anuncia o urbi.ubi.pt online.

"Ter a ideia e depois perceber que ela é validada como importante é sempre útil, toda a gente precisa de feedback positivo e isso é muito importante porque, no fundo, é um trabalho muito solitário porque eu ao mesmo tempo sou médico de família e sou coordenador de uma USF (Unidade de Saúde Familiar) em Aveiro, estamos mais isolados e podemos duvidar sobre se o trabalho acaba por ser interessante, ou não, para os outros", revela Luís Monteiro.

"Fiquei contente porque, no fundo, é um reconhecimento de que, pelo menos, estou a fazer a pergunta certa, ou uma pergunta interessante. Agora cabe-me a mim trabalhar para encontrar as respostas, mas achei isso importante e surpreendente até porque, no fundo, isto foi o resultado de um concurso nacional, depois eu representei Portugal e houve três finalistas e foi de facto interessante, tendo noção, claro, de que isto é apenas um pequeno primeiro passo, mas acho que é importante", considera o clínico.

Luís Monteiro, que se formou em 2007, tendo integrado o grupo de primeiros alunos do Mestrado Integrado em Medicina da UBI, recebeu o prémio pelo projeto do trabalho de investigação intitulado "Prevention of potentially inappropriate prescribing for elderly patients: a randomized controlled trial using Beers Criteria: a multidisciplinary intervention". Este projeto está incluído no plano de doutoramento que o estudante está a desenvolver na Faculdade de Ciências da Saúde, com orientação do docente Luiz Santiago e coorientação de Miguel Castelo Branco.

Trata-se de "uma ferramenta electrónica que a equipa está a desenvolver no sentido de ajudar os médicos de família a estarem mais seguros para, com uma decisão partilhada com os idosos reduzirem – ou pelo menos nós assim esperamos – os medicamentos potencialmente inapropriados, que é um tema que, no fundo faz parte do tema geral da minha tese", revela Luís Monteiro.

"Estamos, então, a encontrar uma ferramenta – e agora vamos testá-la a partir de outubro – que explica porque é que não faz sentido medicar o idoso com esse medicamento em concreto, qual é a evidência que existe e, no fundo, faz uma sugestão da regressão progressiva da medicação. Concretamente, estamos a falar das benzodiazepinas e dos hipnóticos, que são duas classes farmacológicas muito prescritas nos idosos, mas que são potencialmente inapropriadas", sublinha o doutorando da UBI.

O estudo arranca em outubro no terreno e vai durar um ano, até outubro de 2018, contando com uma equipa multidisciplinar. Para além dos orientadores de tese, estão envolvidos os docentes Rui Costa (departamento de Informática da FCS), Jaime Gama (docente de Matemática e Aplicações) e Gilberto Alves (docente de investigação em Ciências da Saúde da UBI).

"Esta equipa é que desenhou o projeto e eu sou o investigador principal, acabo por fazer a ponte de ligação no fundo entre esta equipa de investigação e depois os médicos no terreno que vão tirar os dados. Portanto, vamos ter 28 médicos e 280 doentes durante um ano", conclui Luís Monteiro.

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