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Castelo Branco: Alunos da Afonso de Paiva estiveram "À conversa" com João Pinto Coelho

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27.janeiro, foi o pretexto para mais um encontro de autor promovido pelas Bibliotecas Escolares do AE Afonso de Paiva, em parceria com a editora Asa, que marcou o início das atividades decorridas ao longo da semana, numa singela homenagem #paranãomaisesquecer.

  • Educação
  • Publicado: 2018-02-07 19:21
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27.janeiro, foi o pretexto para mais um encontro de autor promovido pelas Bibliotecas Escolares do AE Afonso de Paiva, em parceria com a editora Asa, que marcou o início das atividades decorridas ao longo da semana, numa singela homenagem #paranãomaisesquecer.

À conversa com João Pinto Coelho, arquiteto, professor e o mais recente escritor português distinguido com o maior galardão literário do país, o prémio Leya 2017, atribuído ao seu romance "Os loucos da rua Mazur", estiveram cerca de uma centena de alunos e uma dezena de professores do AE Afonso de Paiva, numa oportunidade de regressar ao cenário da Segunda Guerra Mundial pelas palavras do escritor que, fruto de talento e décadas de leituras e estudo sobre o Holocausto e investigações recentes, resultantes de duas ações do Conselho da Europa que integrou, nos levou às entranhas de Oświęcim (Auschwitz), a cidade polaca que já foi um lugar feliz, reescrita a cinzas pelos nazis na memória da Humanidade.

João Pinto Coelho registou que “mais do que respostas, o Holocausto devolve, cada vez mais, perguntas” e que, por isso, não se cansa de semear dúvidas e inquietações entre mentes jovens quando vai às escolas falar do tema: “Aprendemos pouco com a História”, assinala, “Continuamos certos da nossa bondade e incapacidade de fazer coisas terríveis”, desafiando todos os presentes para olhar o Mal onde nunca o vemos: dentro de nós. O escritor captou totalmente a atenção de toda a plateia, quer pelo tema, quer pela (re)construção da tragédia, assim como os tempos paralelos que nos apresenta nos seus dois romances: “Perguntem a Sarah Gross” e “Os loucos da Rua Mazur”, um livro que nos dá a conhecer um lado diferente da Segunda Guerra Mundial, um livro sobre “a universalidade do mal e não sobre a sua banalidade”, como refere João Pinto Coelho.

As Bibliotecas Escolares Afonso de Paiva, para além de estimularem a criação literária e o gosto pela leitura, estreitando laços entre os livros e os leitores, pretendem sempre ajudar e apoiar alunos e professores a entender melhor a importância da palavra e da literatura, bem como as transformações que hoje definem o mundo à nossa volta, com a promoção destes encontros e conversas com autores, na promoção de um trabalho de leitura empenhada, envolvida, que devolve a competência de ler nas crianças e jovens.

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