Proença-a-Nova: “A ciência tem de fazer parte da solução ao problema dos incêndios”

Como pode o conhecimento científico ser usado na gestão da floresta e prevenção dos incêndios? Foi a questões como esta que Domingos Xavier Viegas, Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Mecânica da UC e Diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, respondeu no Café de Ciência, realizado no dia 2 de dezembro, no Centro Ciência Viva da Floresta. 

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  • Publicado: 2017-12-09 08:14
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

Como pode o conhecimento científico ser usado na gestão da floresta e prevenção dos incêndios? Foi a questões como esta que Domingos Xavier Viegas, Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Mecânica da UC e Diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, respondeu no Café de Ciência, realizado no dia 2 de dezembro, no Centro Ciência Viva da Floresta.

Para o professor, que nos últimos anos se tem dedicado à investigação à temática dos incêndios florestais, “a ciência tem de fazer parte da solução do problema dos incêndios”. A resposta do ponto de vista da comunidade científica para este flagelo passa por compreender o comportamento do fogo para depois melhorar a segurança dos profissionais e das pessoas.

Aspetos como as alterações climáticas e as mudanças que se têm operado na sociedade têm contribuído para agravar esta problemática. E, de acordo com o especialista, os incêndios de 2017 mostraram essa complexidade e a dimensão deste problema que exige o contributo de várias áreas do saber.

Domingos Xavier Viegas estudou os principais acidentes ocorridos em Portugal (e no estrangeiro), tendo procurado aprender sobre o comportamento do fogo, as suas causas, as condições climatéricas e as situações de risco e depois transmitir essas aprendizagens a quem de direito.

No laboratório de estudos dos incêndios florestais onde trabalha, localizado na Lousã, o investigador debruça-se sobre todos os aspetos que envolvem o fogo, desde a ignição ao rescaldo, focando-se essencialmente nos últimos anos no estudo sobre a propagação do fogo, muito importante para quem trabalha, quer seja na prevenção, quer na vigilância ou no combate, permitindo a quem está no terreno que saiba exatamente o comportamento que este vai ter de modo a assegurar em primeiro lugar a segurança das pessoas.

Os últimos anos têm sido propícios a “condições extremas, que são aquelas que mais poe em perigo a segurança das pessoas”, frisa. E deixa o aviso de que devido às mudanças referidas “cada vez mais vamos ter situações de risco como as deste ano”. Para isso, Domingos Xavier defende a criação de um programa nacional capaz de mobilizar as pessoas para, instruindo-as para o que devem ou não fazer em caso de incêndios florestais.

O presidente da Câmara Municipal, João Lobo, corroborou a opinião do professor, afirmando que “é um dever de cidadania olharmos para aquilo que é propriedade nossa”, relativamente à limpeza dos espaços florestais dentro dos aglomerados urbanos, e reforçou o esforço da autarquia na continuidade das ações de sensibilização relativamente a esta temática.

Inserido na Semana da Ciência e Tecnologia, o Centro Ciência Viva da Floresta contribui para este debate nacional na difusão desse conhecimento e na resposta às questões dos cidadãos sobre os contributos da ciência e da tecnologia para a valorização da floresta e a prevenção dos incêndios florestais.

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