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Proença-a-Nova: Património histórico valorizado na rota das visitas guiadas e encenadas

O Forte das Batarias I, em Catraia Cimeira, foi palco de mais uma visita guiada e encenada do projeto Beira Baixa Cultural, juntando-se a apresentação de factos históricos a uma representação teatral para contar a história de uma época conturbada do reino português, a braços com várias tentativas de invasões da parte de espanhóis e franceses. 

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  • Publicado: 2018-08-20 00:59
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

O Forte das Batarias I, em Catraia Cimeira, foi palco de mais uma visita guiada e encenada do projeto Beira Baixa Cultural, juntando-se a apresentação de factos históricos a uma representação teatral para contar a história de uma época conturbada do reino português, a braços com várias tentativas de invasões da parte de espanhóis e franceses.

O arqueólogo Mário Monteiro conduziu os participantes a 1762, ano em que começaram as Guerras Peninsulares com a Guerra dos Sete Anos, o que obrigou à construção do Forte da Catraia e de outras estruturas semelhantes ao longo das serras das Talhadas e do Moradal. Desta forma, complementou-se esta barreira natural com infraestruturas de defesa do reino, já que esta era uma das vias de acesso a Lisboa através de Abrantes.

Deve-se ao Marechal Conde de Lippe, enviado pelos aliados ingleses para ajudar na estratégia de defesa de Portugal, a construção da Linha Defensiva Talhadas-Moradal com o objetivo não de travar batalha, mas sim de fazer uma guerra de desgaste que funcionou plenamente. Mais tarde, durante as Invasões Francesas, os Fortes e Baterias foram reativados para, mais uma vez, defenderem o reino, havendo, no entanto, uma estratégia diferente: deixar os franceses passar. Durante as escavações no Forte das Batarias I foram encontrados vestígios destas duas fases distintas de ocupação.

A passagem dos franceses pelo território ficou marcada por pilhagens e fuga dos camponeses, situações que foram recriadas pelo grupo de teatro Váatão este domingo, 12 de agosto, junto ao Forte das Batarias I. Antes da encenação histórica, os participantes caminharam ao longo da Serra das Talhadas durante a noite, ficando a conhecer melhor o céu noturno com visita guiada pelo astrofísico José de Matos, onde não faltaram estrelas cadentes. No miradouro do alto da Serra das Talhadas, assistiu-se ao nascer do sol.

A Rota das Visitas Guiadas e Encenadas, inserida no projeto Beira Baixa Cultural - cofinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, regressa a 23 de setembro, numa iniciativa incluída no Festival do Plangaio e do Maranho.

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