A23: vítimas, familiares e condutora recorrem

A maioria das vítimas do acidente na A23, que em 2007 matou 17 pessoas, recorreu da sentença que condenou a condutora do ligeiro envolvido a quatro anos de prisão com pena suspensa, disse João Marcelo, advogado no processo.

 

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  • Publicado: 2010-02-18 16:46
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco
A maioria das vítimas do acidente na A23, que em 2007 matou 17 pessoas, recorreu da sentença que condenou a condutora do ligeiro envolvido a quatro anos de prisão com pena suspensa, disse João Marcelo, advogado no processo.

 

A condutora também entregou no Tribunal de Castelo Branco o pedido de recurso, confirmou à Lusa o advogado Sérgio Marques.

Em ambos os casos defendem que o motorista do autocarro acidentado também deve ser condenado, porque teve responsabilidades no acidente.

Os recursos vão ser analisados pelo Ministério Público, pelas diferentes partes no processo e pelo juiz, antes de poderem ser remetidos para o Tribunal da Relação de Coimbra, onde poderão chegar dentro de pouco mais de dois meses, referiu João Marcelo, advogado que representa as famílias de 14 das vítimas mortais e ainda 17 feridos.

Sérgio Marques, advogado da condutora, considera que, mesmo apesar de Carina Rodrigo ter recebido uma pena suspensa, o recurso deve ser apresentado «Entendemos que não foram apuradas como deviam ser as causas do acidente. No nosso entendimento, aconteceu porque o autocarro fez um desvio para a faixa de rodagem do ligeiro. Há provas no processo e depoimentos que o comprovam», concluiu.

Para João Marcelo, a reclamação das indemnizações «será um mega processo que poderá levar quatro a seis anos a ser resolvido, porque é muito complexo».

Contas feitas, o advogado admite que o processo possa demorar dois a três anos em primeira instância «e, provavelmente, dadas as quantias em causa, haverá sempre recursos». Ou seja, poderá haver «mais um ano na Relação e pouco menos no Supremo».

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