As administrações regionais de saúde do país vão fazer uma “avaliação e gestão do risco” de todas as unidades de cuidados de saúde públicas, devido ao surto de ‘legionella’, informaram as autoridades de saúde nacionais.
As administrações regionais de saúde do país vão fazer uma “avaliação e gestão do risco” de todas as unidades de cuidados de saúde públicas, devido ao surto de ‘legionella’, informaram as autoridades de saúde nacionais.
Num comunicado conjunto da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), enviado na segunda-feira à noite, é indicado que será feito o “levantamento das condições estruturais e processuais das unidades prestadoras de cuidados de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde”, incluindo agrupamentos de centros de saúde, unidades locais de saúde, centros hospitalares e hospitais, “no âmbito da avaliação e gestão do risco”.
Assinado pela diretora da DGS, Graça Freitas, e pelo presidente do INSA, Fernando de Almeida, o comunicado revela também que, o INSA e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais “estão a desenvolver um Programa de Intervenção Operacional de auditoria técnica de apoio a todas as unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde”.
No mesmo comunicado, DGS e INSA informam que o número de casos diagnosticados de pessoas infetadas com ‘legionella’, no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 30.
Até às 20:00 de segunda-feira “foram diagnosticados 30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – Hospital de São Francisco Xavier”, mais um caso do que o anterior balanço, pode ler-se.
Destes 30 doentes, dois morreram, também na segunda-feira, um teve alta e os restantes encontram-se internados. “Os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos”, indica o comunicado.
As duas entidades informam que “está em curso a investigação epidemiológica nas vertentes da vigilância da saúde humana e ambiental, a fim de apurar as circunstâncias que originaram o surto”, tendo sido realizadas vistorias técnicas aos equipamentos e às estruturas “potencialmente associados a fontes de transmissão”, trabalhos que vão “manter-se durante os próximos dias”.
O comunicado refere ainda que está a ser preparado um relatório conjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, DGS e INSA “para esclarecimento da cadeia de acontecimentos que conduziram ao surto”.
No entanto, os procedimentos vão demorar “pelo menos, duas semanas”, tendo em conta a necessidade de realizar “o exame cultural das amostras (ambientais e humanas) e a subsequente avaliação genómica” para apurar a ligação “entre a componente ambiental e a saúde humana”
“A Direção-Geral da Saúde sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água. A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo. As medidas de segurança adotadas preveem-se suficientes para interrupção da transmissão e controlo do surto, e vão continuar a ser monitorizadas”, conclui o comunicado.
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