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La Caixa apoia projetos de alerta florestal e inclusão de refugiados pela agricultura

Monitorização e alerta florestais, valorização ambiental, poupança de água e a inclusão de refugiados através da agricultura são o objeto dos projetos vencedores do Promove - Dinamização de Regiões Fronteiriças, da fundação espanhola La Caixa, revelados hoje.

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  • Publicado: 2018-11-02 09:21
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

Monitorização e alerta florestais, valorização ambiental, poupança de água e a inclusão de refugiados através da agricultura são o objeto dos projetos vencedores do Promove - Dinamização de Regiões Fronteiriças, da fundação espanhola La Caixa, revelados hoje.

O júri do Programa Promove, da fundação La Caixa - dona do CaixaBank e do BPI -, selecionou cinco projetos-piloto para um apoio total de 400 mil euros, nas regiões Norte, Centro e Alentejo, anunciou a entidade, em comunicado.

Na região Norte, o Instituto Politécnico de Bragança é o responsável pelo sistema de monitorização e alerta florestal “Safe”, a desenvolver na Serra da Nogueira, que visa minimizar “o risco de incêndios florestais” e monitorizar a fauna, com a “recolha e disseminação de informações através de sensores distribuídos em todo o território”.

“Esta informação é analisada por um sistema baseado em inteligência artificial que alerta sobre anomalias, de acordo com parâmetros definidos pelos diferentes agentes que atuam no território (Proteção Civil, bombeiros, polícia)”, explica a fundação.

Na Guarda, a La Caixa vai apoiar o “Lar Project”, da Associação de Apoio à Inclusão de Imigrantes e Refugiados, reabilitando quatro casas numa área rural para habitação de quatro famílias de refugiados e migrantes, na freguesia de Ima, na Guarda, onde poderão trabalhar sete hectares de terra.

“A escolha da Guarda prende-se, entre outros fatores, designadamente com a existência de terrenos aptos para cultivo, uma mão-de-obra rural muito envelhecida, bem como uma comunidade aberta ao rejuvenescimento do tecido social”, explica-se no comunicado, referindo que as parcerias com proprietários locais “foram uma alavanca essencial para conseguir levar o projeto por diante”.

Em Elvas, no Alentejo, a fundação vai apoiar o projeto de tecnologia de poupança de água “Agro Water Saving”, para desenvolver uma aplicação móvel “capaz de determinar em tempo real as dotações máximas de rega para diferentes culturas”, em especial as de regadio, podendo atingir uma redução de 20 a 30% do consumo de água.

O objetivo deste projeto, promovido pelo Instituto Politécnico de Portalegre, é também constituir uma “ferramenta de apoio à decisão ao nível da seleção das melhores culturas para cada local, tendo em conta o objetivo último da poupança da água”.

A Associação Centro Ciência Viva de Bragança é a responsável pelo projeto “Natureza Virtual”, outra das iniciativas apoiadas na região Norte, que pretende criar “quatro módulos interativos de interpretação de valores naturais, que analisam os recursos da região do Douro e do Parque Natural de Montesinho para os transformar em pontos de interesse museológico”.

O projeto inclui também a monitorização do Rio Fervença, “utilizando sensores, armazenamento de dados e métodos de ‘big data’ para processar e visualizar diferentes parâmetros”.

Em Proença-a-Nova, na região Centro, a fundação vai apoiar o projeto designado “Monitorizar para decidir e valorizar”, através da exposição permanente do Centro Ciência Viva da Floresta e de uma “academia de transferência de conhecimento”, para “tornar a comunidade mais informada e menos vulnerável”, acedendo a “informação sobre ocupação do solo, inventário florestal, precipitação em tempo real e análise de anomalias”.

A iniciativa da fundação La Caixa dirigia-se aos temas “ações de prevenção de riscos naturais e reforço das capacidades de adaptação às alterações climáticas”, “criação ou consolidação de novos polos de especialização que contribuam para atrair recursos humanos qualificados e investimentos empresariais orientados para mercados externos”, e “atração de novos residentes para áreas do território com capital simbólico e capacidade de reconhecimento internacional”.

Os apoios serão concedidos sob a forma de subsídio ao investimento, e a taxa de apoio varia entre os 50% e os 75%, sendo o apoio máximo de 100 mil euros por projeto, explicou a instituição bancária espanhola na altura do lançamento das candidaturas, em junho, indicando que “os projetos poderão ter a duração máxima de três anos”.

A fundação bancária espanhola La Caixa iniciou este ano a implementação da sua ação em Portugal, em resultado da entrada do BPI no grupo CaixaBank, disponibilizando “10 milhões de euros este ano para o desenvolvimento de ações sociais, científicas e culturais no país”.

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