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Hortense Martins acusou direita de falta de memória e de ter feito investimento zero no interior

A deputada do PS Hortense Martins, eleita pelo círculo de Castelo Branco, atacou a falta de memória dos partidos da direita relativamente às políticas que levaram a cabo no interior do país. Numa resposta à bancada do PSD, durante o segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado (OE) para 2019, a socialista sublinhou o “investimento zero” destes partidos no interior.

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  • Publicado: 2018-11-06 15:57
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

A deputada do PS Hortense Martins, eleita pelo círculo de Castelo Branco, atacou a falta de memória dos partidos da direita relativamente às políticas que levaram a cabo no interior do país. Numa resposta à bancada do PSD, durante o segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado (OE) para 2019, a socialista sublinhou o “investimento zero” destes partidos no interior.

Assim, durante a governação do PSD/CDS-PP não houve investimento na ferrovia, deu-se o encerramento de inúmeros serviços, acabou o estatuto dos benefícios fiscais ao interior, acabou o centro de contacto da segurança social instalada em Castelo Branco, parou a barragem do Alvito, enumerou a deputada para referir apenas alguns dos muitos exemplos da política de encerramento do Governo PSD/CDS.

Também a eletrificação da linha da Beira Baixa foi interrompida; no entanto, recordou, o atual Executivo do PS retomou a eletrificação “com ligação à linha da Beira Alta”, através do programa Ferrovia 2020, assim como voltou a investir nas escolas, contrariando a “miséria e o empobrecimento” a que a direita sujeitou os portugueses.

Hortense Martins frisou que o OE para o próximo ano está assente numa “estratégia que engloba todo o país”, apostando na recuperação da economia e do emprego, no aumento das exportações, numa economia inovadora “e onde o interior também está incluído”. Este Orçamento “devolveu a esperança e confiança aos portugueses”, congratulou-se.

O que assistimos com este Governo do PS, apoiado pelos partidos de esquerda, “foi uma inversão de políticas que nos levou a passar de um ciclo de empobrecimento para um ciclo virtuoso”, explicou a deputada albicastrense. A parlamentar assinalou que até agora foram criados 320 mil empregos – algo que é “assinalável” –, a taxa de desemprego desceu para níveis de 2008 e o OE para 2019 “prevê que sejam criados 377 mil e 500 empregos até ao final da legislatura”.

No entanto, apesar do elevado número de emprego criado, “ainda nos falta recuperar 300 mil postos de trabalho que os senhores [do PSD e do CDS] ajudaram a destruir”, avisou a parlamentar de Castelo Branco.

A socialista não deixou de referir um aspeto que foi “difícil para todo o país” durante o Executivo PSD/CDS: o apelo à emigração, que levou o país a níveis da década de 1960. Saíram de Portugal cerca de “250 mil jovens em apenas quatro anos de governação de direita e agora a população ativa está novamente a crescer” através do programa Regressar, dos apoios para a instalação de empresas, da captação de investimento, dos apoios para a valorização do turismo e dos incentivos à mobilidade geográfica, revelou. Todas estas medidas estão presentes no OE para 2019, mas, segundo a deputada, continuamos a precisar de mais para progredir em termos de coesão territorial.

A deputada eleita por Castelo Branco apelou a mais solidariedade interna: “Precisamos da solidariedade de Portugal litoral, que deixe de olhar com complacência para o interior e que perceba que será tanto melhor quanto mais equilibrado e coeso social e territorialmente”.

“Quando se fala de crise, esta ataca mais o interior. E é por isso que é bem-vindo – e é uma obrigação que está na Constituição da República Portuguesa – produzirmos políticas que promovam a coesão social e territorial que tornem o país mais igual entre litoral e interior, entre cidade e campo”, destacou.

Dirigindo-se às bancadas dos partidos da direita, Hortense Martins referiu a marca dos Governos do Partido Socialista: “Apoio à coesão territorial e social”, que “queremos que seja mais intenso e aprofundado”. Assim, “acreditamos que será feito com este Governo liderado pelo primeiro-ministro António Costa, também através deste Orçamento, num caminho que temos de continuar a aprofundar”, acrescentou.

Durante o debate, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, garantiu que o Orçamento do Estado para 2019 incluiu o interior e concordou com a necessidade apontada pela deputada Hortense Martins de promover mais coesão territorial.

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