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Covilhã: Universidade da Beira Interior estuda formas de prevenção de extremismos em multidões

A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver um projeto de investigação que ambiciona criar um sistema de vigilância multilíngue capaz de detetar multidões emergentes, anunciou em comunicado aquela instituição de ensino superior.

  • Educação
  • Publicado: 2018-06-19 17:36
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver um projeto de investigação que ambiciona criar um sistema de vigilância multilíngue capaz de detetar multidões emergentes, anunciou em comunicado aquela instituição de ensino superior.

Na nota de imprensa, a UBI, sediada na Covilhã, distrito de Castelo Branco, adianta que o projeto decorrerá nos próximos três anos e que conta com financiamento do Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), sendo que os trabalhos poderão resultar na prevenção de possíveis reações de extremismo por parte de pequenos grupos.

Denominado MOVES - Monitorização Virtual de Multidões em Cidades Inteligentes, o projeto tem como ponto de partida a ideia de que manifestações, motins e multidões têm um impacto muito grande nas sociedades, de várias maneiras.

"A médio prazo, o comportamento coletivo das multidões pode ser um agente de mudança social e uma afirmação dos costumes e estruturas sociais existentes, mas, a curto prazo, podem ter consequências dramáticas, como assassinatos, massacres ou danos materiais", aponta a informação.

Segundo o referido, o MOVES "situa-se no cruzamento de importantes tópicos de investigação científica, nomeadamente informática urbana, processamento de linguagem natural para os media sociais, análise preditiva sobre grandes dados sociais e análise de imagens sentimentais".

Citado na nota de imprensa, o coordenador principal do MOVES, Sebastião Pais, explica que "a hipótese fundamental é que as multidões virtuais evidenciem características semelhantes às multidões reais/presenciais".

"Tal poderá permitir a sua modelização em termos de sistemas computacionais complexos, confiando no processamento avançado de linguagem natural e nas técnicas de aprendizagem automática", acrescenta.

A informação destaca igualmente que, com este projeto, sai reforçada, na UBI, uma nova área de investigação em Processamento da Linguagem Natural, através de metodologias não supervisionadas e independentes da língua.

O projeto é financiado pela FCT, num valor global de cerca de 240 mil euros.

A investigação vai desenvolver-se integralmente na UBI, especificamente no HULTIG - Centro de Tecnologia da Linguagem Humana e Bioinformática e SOCIALAB - Soft Computing and Image Analysis Laboratory at UBI.

Além de Sebastião Pais, docente do departamento de informática da UBI, fazem parte da equipa do MOVES João Paulo Cordeiro e Luís Alexandre, docentes do mesmo departamento.

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