Eurico Reis disse à Lusa que a comissão recebeu hoje uma carta do advogado de Walter Lago Bom, o único dos doentes que ainda não tinha respondido à proposta, a informar que o doente aceitava a quantia que lhe foi proposta como indemnização (246 mil euros).
Esta é a maior indemnização de sempre em Portugal por acidentes ocorridos no Serviço Nacional de Saúde e decidida fora do sistema judicial.
Os valores que serão pagos aos restantes cinco doentes que ficaram cegos no mesmo dia são menores.
Contactado pela Lusa, Walter Lago Bom remeteu eventuais declarações para terça feira, após um encontro que tem previsto com o advogado que o representa.
Walter Lago Bom, que esteve internado durante seis meses na sequência de ter ficado cego dos dois olhos e atualmente está numa escola para invisuais, tinha pedido o alargamento do prazo de resposta à comissão para poder refletir, o que foi concedido até 30 de abril.
A comissão de acompanhamento criada em Agosto do ano passado, avaliou os relatórios clínicos de avaliação social, perícias médico-legais e demais elementos considerados necessários à instrução integral do processo de avaliação dos eventuais danos e respetiva indemnização.
Uma troca de medicamento na farmácia do hospital esteve na origem da cegueira, segundo o relatório da Polícia Judiciária.
Na sequência disso, o Ministério Público acusou em dezembro de 2009 um farmacêutico e uma técnica de farmácia e diagnóstico como autores, na forma de dolo eventual e em concurso real, de seis crimes de ofensa à integridade física grave.
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