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Cova da Beira: Aposentação de médicos ameaça prejudicar serviços de saúde - alerta responsável

A aposentação de mais de uma dezena de médicos no Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira vai prejudicar a prestação dos serviços, reconheceu hoje o diretor do agrupamento, Manuel Geraldes.

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  • Publicado: 2010-07-20 19:52
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa
A aposentação de mais de uma dezena de médicos no Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira vai prejudicar a prestação dos serviços, reconheceu hoje o diretor do agrupamento, Manuel Geraldes.

“Não há médicos de clínica geral e familiar para ocupar as vagas que ficam em aberto no interior do país”, lamentou o responsável. A situação considerada “mais preocupante” verifica-se na sede do Centro de Saúde do Fundão, onde “oito dos dez médicos já pediram aposentação”.

Em Belmonte, “dois dos quatro médicos também pediram a aposentação”, sendo que no Centro de Saúde da Covilhã “há quatro pedidos entre 30 médicos”, acrescentou Manuel Geraldes.

O Agrupamento da Cova da Beira poderá perder, “a breve trecho”, 26 dos 71 médicos que ali prestam serviço, alerta, por seu turno, o Conselho da Comunidade, órgão consultivo do agrupamento. Aqueles números são subscritos pelo diretor.

O Conselho da Comunidade dirigiu na última semana um ofício à ministra da Saúde a alertar para a situação.

Face à diminuição de médicos, “vamos ter de reorganizar o funcionamento dos três centros de saúde, principalmente o do Fundão”, disse Manuel Geraldes.

A reorganização “deverá passar pela redução do número de consultas em cada extensão de saúde, agrupar algumas ou encerrar outras”, explicou.

“É claro que num cenário destes há sempre algum prejuízo para os utentes, mas o que pretendemos é concentrar os recursos humanos de forma a minimizar esses prejuízos”, afirmou, acrescentando que “o fundamental deve passar pela criação de medidas para atrair jovens médicos”.

No entanto, a realidade mostra que não haverá soluções instantâneas: “há cerca de um mês, abriram 15 vagas para a Região Centro do país e a única que ficou por ocupar foi no ACES da Cova da Beira”.

Mais do que procurar incentivos financeiros, o agrupamento está a apostar em projetos de investigação para fixar médicos na região, explicou Manuel Geraldes.

“Temos um trabalho em conjunto com a Faculdade de Medicina e o Centro Hospitalar, na Covilhã, no sentido de desenvolver projetos de investigação para que os médicos recém-formados se possam sentir motivados a ficar por aqui”, destacou.

Segundo Manuel Geraldes, a partir de setembro deverão ser marcadas reuniões com autarcas da região, no seguimento de encontros que já têm existido, para estudar a melhor forma de reorganizar a rede.

“Não haverá alterações sem falar primeiro com os autarcas”, assegurou.

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