O Secretário-Geral do Partido Socialista pede ao Governo, no Entroncamento, "que arrepie caminho, reconheça que falhou e peça desculpa aos portugueses", tendo afirmado que o país está a caminho da rutura social.
O Secretário-Geral do Partido Socialista pede ao Governo, no Entroncamento, "que arrepie caminho, reconheça que falhou e peça desculpa aos portugueses", tendo afirmado que o país está a caminho da rutura social.
António José Seguro deixou para esta noite no Entroncamento a sua apreciação política sobre os resultados da sétima avaliação da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), tendo afirmado que as receitas aplicadas e a aplicar "só agravam a situação" do país e que as mesmas significam uma "clara rutura" entre o PS e os partidos do Governo.
Na sessão de apresentação do candidato socialista Jorge Faria à Câmara do Entroncamento, perante cerca de 400 pessoas, Seguro disse que o país "caminha para atingir em breve o milhão de desempregados.
"E o primeiro-ministro o que diz é que tudo não passam de projeções e que estamos no caminho certo. Como é possível afirmar que estamos no caminho certo", questionou, dizendo "não esperar por tamanha inconsciência e insensibilidade social".
António Seguro, que fez a viagem entre Lisboa e o Entroncamento de comboio, numa iniciativa ligada ao programa "As Pessoas estão Primeiro", fez um forte ataque ao Governo, dizendo que o primeiro-ministro "não está à altura do momento e demonstra uma enorme impreparação, sem respostas nem soluções para travar a chaga social que é o desemprego, em Portugal".
"Tendo afirmado que o PS "é a alternativa", José Seguro pediu ao Governo que "arrepie caminho, reconheça que falhou e peça desculpa aos portugueses".
O Governo anunciou hoje que vai lançar um programa de rescisões por mútuo acordo na Função Pública já em 2013, mas não adiantou ainda detalhes sobre o mesmo, dizendo apenas que está a ser desenhado e que será apresentado aos parceiros sociais.
As metas para o défice orçamental deste ano foram novamente revistas, sete meses depois, passando a nova meta do défice para este ano para os 5,5% do PIB, superior ao objetivo para 2012.
O Governo reviu em alta as projeções para o nível da dívida pública nos próximos anos, esperando agora que atinja um máximo de 123,7% do Produto Interno Bruto em 2014 e baixe apenas para 119,4% em 2016.
De acordo com a apresentação do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, sobre os resultados da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), o nível de dívida pública face ao PIB deverá ter atingido os 123% em 2012 mais 1 ponto percentual do que o previsto.
O líder socialista participou na apresentação oficial da candidatura de Jorge Faria à presidência da Câmara do Entroncamento, como cabeça de lista pelo PS, nas próximas eleições autárquicas.
Jorge Faria, independente, é professor do Ensino Superior no Instituto Politécnico de Santarém e na Universidade de Évora. Ao longo do seu percurso profissional tem desempenhado inúmeras funções tanto em empresas privadas como no âmbito da prestação de serviço público em diversas entidades.
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