PS acusa Governo de fazer "propaganda barata" no combate ao desemprego

O PS acusa o Governo de fazer "propaganda barata" ao pretender responder a um milhão de desempregados com um programa de 200 mil euros, contrapondo que Portugal precisa de um contrato nacional de desenvolvimento social e económico.

 

  • Economia
  • Publicado: 2013-03-17 08:19
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O PS acusa o Governo de fazer "propaganda barata" ao pretender responder a um milhão de desempregados com um programa de 200 mil euros, contrapondo que Portugal precisa de um contrato nacional de desenvolvimento social e económico.

A posição dos socialistas foi transmitida à agência Lusa pelo deputado Nuno Sá, depois de, em Cinfães, o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, ter anunciado que o Governo espera, "ao longo dos próximos meses", fazer chegar ao terreno uma nova geração de Contratos Locais de Desenvolvimento Social vocacionados para combater o desemprego em zonas carenciadas.

"Vamos lançar um concurso, juntamente com as câmaras municipais e instituições sociais, para termos no terreno, ao longo dos próximos meses, cerca de 80 contratos locais de desenvolvimento social, que queremos que respeitem o espírito de trabalharem para a empregabilidade, ajudando à inclusão social", disse Pedro Mota Soares.

Perante estas medidas do Governo, Nuno Sá, coordenador da bancada socialista para as questões do trabalho, considerou estar a assistir a uma atitude de "insólito atrevimento" por parte do atual executivo.

"É preciso um grande atrevimento e falta de sentido de responsabilidade para o Governo fazer um ato de propaganda barata precisamente no dia seguinte à confirmação do desastre e falhanço total da governação PSD/CDS", referiu Nuno Sá, numa alusão aos resultados da sétima avaliação da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional).

Ainda segundo o dirigente socialista, as medidas de Pedro Mota Soares surgem também "um dia depois do anúncio pelo Governo de um 'tsunami' de recessão, desemprego e destruição social".

"Pela voz do ministro Pedro Mota Soares, o Governo limita-se a prosseguir com medidas de política social dos governos do PS e dá-se por satisfeito por combater um milhão de desempregados com programas de 200 mil euros", acusou.

Em contraponto, na perspetiva de Nuno Sá, o PS "entende que, face à situação de quase 19 por cento de desemprego em 2013 e de autêntica calamidade social, impõe-se que se avance para um contrato nacional de desenvolvimento económico e social".

Um contrato, acrescentou, "com base nas cinco propostas que o secretário-geral do PS, António José Seguro, apresentou na Assembleia da República".

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