O presidente do Sporting da Covilhã, José Mendes, queixa-se de que ninguém ajuda o clube e avisa que caso a cidade não apoie os serranos, pode haver "surpresas".
O presidente do Sporting da Covilhã, José Mendes, queixa-se de que ninguém ajuda o clube e avisa que caso a cidade não apoie os serranos, pode haver "surpresas".
"Ou as coisas mudam nesta cidade e se dá valor a quem trabalha, ou esqueçam. No Sporting da Covilhã vai haver sempre, mas se calhar noutros patamares, não é nas ligas profissionais", alerta José Mendes, que se queixa da pouca assistência no estádio, da ausência de apoio da autarquia e da falta de patrocínios das grandes empresas.
"As pessoas ricas desta cidade não ajudam o Sporting Clube da Covilhã (SCC)", referindo-se a empresas como a PT, as grandes superfícies ou as maiores firmas de lanifícios. A exceção, realça, são os restaurantes, que considera ser quem menos pode e no entanto ajuda.
"A equipa diretiva tem muitas queixas de toda a cidade. Apoios, ajudas, boas palavras, zero. Um dia destes, vão ficar com as aves de rapina aqui a dirigir o clube, vão ficar com o clube para fazerem aquilo que quiserem", acrescentou este domingo José Mendes.
Da Câmara Municipal da Covilhã o clube recebeu na última época, em parcelas, 50 mil euros e para esta temporada não tem assinado qualquer contrato de desenvolvimento desportivo nem garantido qualquer apoio. Mendes considera que os "leões da serra" foram "postos à margem" e as relações com a autarquia são "poucas ou nenhumas".
O presidente do SCC diz entender que em dois meses o novo presidente do município ainda não tenha tido tempo para "tomar o norte do que lá ficou".
Há um mês clube e edilidade reuniram, num encontro em que o autarca não se comprometeu, para já, com valores. Mas José Mendes informa que em janeiro pedirá nova audiência "para saber se há ou não ajudas".
"O SCC tem formação. E como tem formação, alguém tem de a ajudar a pagar. Olhem para o SCC como deve ser", apela o presidente do emblema serrano.
"Nós não precisamos de um tostão de ninguém para gerir a equipa profissional de futebol", realça José Mendes.
"Não pedimos nada para a SDUQ (Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas). Não tenho é de andar a tirar ao futebol profissional para gerir o clube", acrescenta o dirigente.
"Estou cheio, estou farto e um dia destes vão ter surpresas, e vão ter surpresas é agora que estou a ganhar, porque quando estava a perder toda a gente machucava o SCC e o seu presidente", avisa José Mendes.
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet
