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Numa loja de informática de Alcains as peças de velhos computadores ganham vida como bijutaria

As peças de computadores que já não funcionam ganham vida como bijutaria numa loja de informática de Alcains, em Castelo Branco.

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  • Publicado: 2011-05-02 09:58
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

As peças de computadores que já não funcionam ganham vida como bijutaria numa loja de informática de Alcains, em Castelo Branco.

Nuno Gamanho começou há três semanas a construir peças desenhadas pela mulher, Marta Sousa.

Pratos magnéticos que guardavam informação num disco rígido, chips de processamento ou placas de circuitos integrados passam a ser brincos, anéis, colares e peças de decoração para o lar.

A mentora das peças assegura que não há planeamento nem inspiração especial, tudo acontece “à medida que vão surgindo componentes e que vão sendo conjugados até se definir uma peça”.

Marta Sousa tenta “conciliar da melhor forma os componentes, de maneira a que seja uma peça agradável e equilibrada”.

Um método que tem como vantagem dar origem “a peças únicas: não há duas iguais, quando muito podemos fazer algumas parecidas, de acordo com os pedidos”.

Mas mesmo dentro de um antigo disco rígido, por exemplo, “chegamos a encontrar o mesmo componente em diferentes formatos”, destaca Nuno Gamanho, para concluir que a “exclusividade” é um dos atrativos da Biju PC, nome dado à nova vertente do negócio informático.

Marta desenha e Nuno executa, à noite, em casa, nas horas vagas, com uma limpeza e tratamento prévio das arestas dos componentes eletrónicos.

Hoje, a Biju PC já ocupa dois mostruários na parede principal da Gamanho Multimédia, no centro comercial de Alcains, com quase três dezenas de peças expostas.

Há anéis feitos com a bobine dourada de um motor de um disco rígido, há um castiçal a partir da base de um leitor de disquetes e antigos chips gráficos S3 transformados em brincos.

Para já, a loja não tem solução para reciclar todo o material recebido de clientes, pelo que a ideia surgiu “como forma de utilizar esse lixo informático e criar algo de novo”.

É certo que a loja já recebeu um pedido para criação de um par de brincos para homem, mas “90 por cento da bijutaria é dirigida para as mulheres”, diz Nuno Gamanho.

Os porta-chaves custam cinco euros, os brincos vão dos cinco aos dez euros por par e os colares custam entre cinco e 15 euros.

As peças de decoração, que incluem relógios de parede e de secretária, podem custar até 50 euros.

No início, quem olhava julgava tratar-se de bijutaria normal, “mas basta um olhar mais atento para perceber que isto não é nada normal”, descreve Marta Sousa.

E hoje começa a não faltar quem saia da loja com um computador debaixo do braço e uns brincos ou um anel para oferecer à cara-metade.

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