Natureza: Parque Natural contribui para que Serra da Estrela seja destino turístico de “excelência” – coordenador

O Parque Natural da Serra da Estrela admite que a região precisa de rentabilizar as potencialidades naturais e turísticas e está disposto a colaborar em projetos que apresentem aquela zona como “destino de excelência”.

  • Região
  • Publicado: 2011-05-22 16:08
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O Parque Natural da Serra da Estrela admite que a região precisa de rentabilizar as potencialidades naturais e turísticas e está disposto a colaborar em projetos que apresentem aquela zona como “destino de excelência”.

Segundo o coordenador do PNSE, Armando Carvalho, desde que os valores naturais existentes sejam “salvaguardados”, aquele território que abrange os distritos da Guarda e de Castelo Branco, “pode e deve ser apresentado como um destino de excelência”.

“O parque procura evidenciar que os valores naturais, paisagísticos, da fauna, da flora, geológicos, geomorfológicos, todo um conjunto de valores que existem, que foram construídos e geridos pelo homem ao longo de milhares de anos, são um potencial que tem que ser aproveitado”, disse hoje à Lusa.

O responsável defende que o PNSE, as autarquias, os privados e a Entidade de Turismo, devem desenvolver um trabalho que afirme a serra “como um destino de excelência, de qualidade, que capte o mercado interno, mas que também tente chegar ao externo”.

“Isso é trabalho coletivo. Não pode ser só trabalho ao nível de um município, ou do parque, tem de ser um trabalho alargado, não só de agentes públicos, mas também dos agentes privados”, defendeu.

O responsável pelo PNSE, que abrange a totalidade do concelho de Manteigas e parte dos municípios de Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda e Seia, num total de 88 mil hectares, considera que o património existente deve ser rentabilizado “em favor das populações residentes”.

Para atingir tal propósito, está em curso a iniciativa PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos) - Buy Nature, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que engloba vários parceiros e as áreas classificadas do centro do país, anunciou.

Disse que a intervenção tem por objetivo dar valor económico “ao património natural, para que ele resulte em desenvolvimento para os territórios que são abrangidos”.

Apesar da atual crise financeira e dos cortes orçamentais, contou que aquela área protegida tem outros projetos que pode candidatar, a qualquer momento, a fundos comunitários.

Um está relacionado com a “reestruturação da rede de percursos” e o outro é relativo à reorganização “da gestão dos resíduos de visitação” no planalto central, indicou.

Com o regresso do tempo quente, Armando Carvalho não esconde preocupações relativas aos incêndios florestais, recordando que no ano passado, só num único incêndio, “arderam cinco mil hectares” do PNSE.

Este ano, foi feito “um trabalho preventivo” e foi estabelecida, na zona de Manteigas, uma rede primária de proteção da floresta contra incêndios.

Também referiu que o parque possui um dispositivo igual ao do ano passado, composto por oito vigilantes permanentes e três viaturas todo o terreno.

No período mais crítico, o efetivo será aumentado com mais uma equipa de cinco elementos, disse.

PUB

PUB

PUB

PUB