A primeira imagem peregrina de Fátima, que na década de 1950 percorreu o mundo e foi entronizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, inicia esta quarta-feira a primeira peregrinação às dioceses portuguesas, que termina em maio de 2016.
A primeira imagem peregrina de Fátima, que na década de 1950 percorreu o mundo e foi entronizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, inicia esta quarta-feira a primeira peregrinação às dioceses portuguesas, que termina em maio de 2016.
“É a primeira vez que [a imagem peregrina] vai num périplo propositadamente pelas dioceses, mas como esta imagem percorreu já várias vezes o mundo e era a imagem que saía, já tinha estado em todas as dioceses, mas não numa peregrinação nacional deste género”, afirmou à agência Lusa o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas.
O sacerdote disse esperar que a peregrinação da imagem “tenha um impacto enormíssimo”.
“A iniciativa da visita da imagem peregrina às dioceses portuguesas nasceu precisamente desta perceção de que, por um lado, a devoção a Nossa Senhora de Fátima é muito grande; por outro lado é Nossa Senhora que vai visitar as comunidades, convidando-as a vir cá em 2016-2017 para a celebração do centenário das aparições”, declarou Carlos Cabecinhas, acreditando que “a recetividade nas comunidades diocesanas será enorme”.
Para o sacerdote, Fátima, no distrito de Santarém, “continua a ser esse lugar especial para a grande maioria dos portugueses, esse lugar especial para a celebração da fé, esse lugar especial de devoção mariana”.
Segundo informação do Santuário de Fátima, após deixar o templo mariano, durante as celebrações da peregrinação internacional aniversária, 98 anos após os acontecimentos de Fátima, a imagem inicia o percurso por Viseu, continuando por Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança-Miranda, Lamego e Coimbra.
Guarda, Portalegre-Castelo Branco, Setúbal, Évora, Beja, Algarve, Santarém, Lisboa, Funchal, Aveiro, Angra do Heroísmo e Porto são as dioceses que seguem, culminando a peregrinação, dentro de um ano, na diocese de origem, Leiria-Fátima.
Citado numa nota publicada no sítio na Internet do santuário, o reitor manifesta o desejo de que esta “grande peregrinação” da imagem peregrina seja “uma forte experiência de fé, através das celebrações, momentos de oração e expressões de piedade popular”, que chegue a “todas as faixas etárias” e que “todos tenham oportunidade de aprofundar o conhecimento e vivência da mensagem de Fátima”.
Em abril, a Conferência Episcopal Portuguesa emitiu uma nota pastoral sobre a visita da imagem peregrina às dioceses, esperando que a iniciativa “mobilize todas as comunidades cristãs para um acolhimento caloroso”.
“Pedimos a todos que acolham a imagem da Virgem Peregrina com sobriedade e que a visita seja ocasião de solicitude e partilha com os pobres”, lê-se na nota, referindo que, “enquanto fenómeno mobilizador das multidões, a mensagem e a espiritualidade marianas de Fátima predispõem, de facto, muitos corações para acolherem a ação evangelizadora da Igreja”.
Considerando este acontecimento de “grande alcance eclesial”, os bispos esperam ainda que a primeira peregrinação da imagem pelas dioceses portuguesas “deixe marcas muito positivas nas comunidades cristãs”.
A primeira imagem peregrina de Fátima, feita segundo indicações da irmã Lúcia, foi oferecida pelo bispo de Leiria e coroada pelo arcebispo de Évora a 13 de maio de 1947, tendo desde esta data, por diversas vezes, percorrido o mundo inteiro.
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