A EDP acredita “estar por dias” a conclusão do relatório da Agência Portuguesa do Ambiente para iniciar a construção da barragem do Alvito, disse hoje o administrador da EDP Produção, António Castro, à Agência Lusa.
A EDP acredita “estar por dias” a conclusão do relatório da Agência Portuguesa do Ambiente para iniciar a construção da barragem do Alvito, disse hoje o administrador da EDP Produção, António Castro, à Agência Lusa.
Segundo aquele responsável, “a Agência Portuguesa do Ambiente está a analisar o projeto e está por dias a finalização do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE)”, dentro dos prazos previstos pela EDP.
A partir da finalização do relatório, será adjudicada a obra da barragem, com 88 metros de altura no Rio Ocreza, entre os concelhos de Castelo Branco e Vila Vela de Ródão, que representa um investimento de 360 milhões de euros
O arranque da construção pode acontecer “durante o verão” ou “no princípio do outono: está dependente de quando o Estado der o licenciamento”.
A construção “não vai ter problema nenhum”, acredita, realçando que tem existido “diálogo” com as entidades locais.
O diálogo já fez com que a barragem recuasse 500 metros, para não afetar o monumento natural das Portas do Almourão, exemplificou.
Dos casos de impacto ambiental que se encontraram, “nenhum foi considerado crítico e estão a ser estudadas soluções”.
António Castro falava durante a abertura da feira anual de Ródão, este ano dedicada ao tema das energias renováveis, “precisamente por ser o ano do arranque da barragem”, destacou a presidente do município, Maria do Carmo Sequeira.
Durante a construção, prevê-se que o empreendimento crie mil postos de trabalho diretos, número que sobe para quatro mil se se considerarem os empregos indiretos.
O administrador da EDP Produção destacou a capacidade de bombagem da futura barragem, graças a uma ligação subterrânea a outra albufeira próxima, a barragem da Pracana.
A capacidade de bombagem “vai ser crítica para Portugal e para a Europa”, porque permite aproveitar energia eólica ou de outras fontes renováveis.
Em momentos de pouco consumo, “durante a noite, por exemplo, podemos turbinar o rio de volta” e conservar a descarga para produzir eletricidade mais tarde.
Este projeto insere-se nos planos de expansão hidroelétrica da EDP, que prevê investir, até ao final da década, mais de três mil milhões de euros.
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