Portugal tem de cumprir compromisso de "unidade nacional" - Lagarde

A nova diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou hoje que Portugal “precisa de fazer reformas estruturais” e cumprir o compromisso de “unidade nacional”.

  • Economia
  • Publicado: 2011-06-29 07:39
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A nova diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou hoje que Portugal “precisa de fazer reformas estruturais” e cumprir o compromisso de “unidade nacional”.

Lagarde apelou ainda a uma política de “reconciliação nacional" na Grécia.

"Se tenho uma mensagem para mandar esta noite à Grécia é uma chamada de atenção à oposição política grega para que chegue a um acordo nacional do partido atualmente no poder. Trata-se realmente do destino de um país ", disse Christine Lagarde, citada pela agência Efe.

Numa entrevista a um canal de televisão francês, a nova responsável, que comentava pela primeira vez a situação da Grécia, sublinhou que “este é o momento para pôr de parte as grandes diferenças políticas”.

Os deputados gregos devem votar na quinta-feira o pacote de austeridade assumido pelo governo de George Papandréu.

A Grécia cumpriu hoje o primeiro de dois dias de greve geral, para contestar o aumento de impostos e privatizações previstos no plano de austeridade.

Uma eventual saída da Grécia da Zona Euro é, para Lagarde, “o prior cenário”, que deve ser “absolutamente evitado por todos os meios”.

"Precisamos de todos os credores a olharem para a Grécia, mas precisamos também que a Grécia atue de forma responsável", acrescentou.

No que respeita aos outros países da Zona Euro, em que os mercados se encontram também numa situação fragilizada, a primeira mulher a ser diretora-geral do FMI disse que os casos “não devem ser generalizados”.

“A Irlanda vive uma situação particular, em que mantém forte o seu setor bancário e um desenvolvimento enorme no ramo imobiliário”, afirmou a nova diretora, realçando que a Grécia foi atingida por outros motivos, tais como “falsas estatísticas” e “dificuldades em controlar a situação”

Quanto a Espanha, a diretora do FMI considerou que “dizer que Espanha vai mal é errado”, porque, sublinhou, “há todos os esforços do governo espanhol para um saneamento do setor bancário”.

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