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Proença-a-Nova com métodos inovadores utilizados no Campo Arqueológico

A presença humana no concelho de Proença-a-Nova remonta há pelo menos cinco mil anos, revelam os mais recentes trabalhos arqueológicos efetuados no âmbito do Campo Arqueológico 2015.

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  • Publicado: 2015-08-20 12:23
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

A presença humana no concelho de Proença-a-Nova remonta há pelo menos cinco mil anos, revelam os mais recentes trabalhos arqueológicos efetuados no âmbito do Campo Arqueológico 2015.

Terminada a primeira quinzena de trabalho na Mamoa do Cabeço da Anta e Mamoa do Vale de Alvito, João Carlos Caninas, da Associação de Estudos do Alto Tejo, faz um balanço positivo: “estamos a investigar sítios que nos dão conhecimentos da forma como estas estruturas foram construídas e que são resultados inovadores quanto a processos de construção civil de há cinco mil anos que, neste momento, ainda não podemos revelar.

De qualquer modo, estes trabalhos enriquecem o conhecimento sobre a antiguidade da presença humana neste território que remonta pelo menos, e para já, há cinco ou seis mil anos atrás, mas estamos em busca de vestígios muito mais antigos, nomeadamente do paleolítico”.

João Carlos Caninas destaca ainda os métodos inovadores que estão a ser empregues no Campo Arqueológico de Proença-a-Nova, por exemplo o registo digital de todos os registos de campo: “é um trabalho inovador que se deve a um engenheiro informático que é mestre em arqueologia que nos fez o desafio de fazer a experiência e desenvolver esta ferramenta e nós aceitámos imediatamente”. Adicionalmente, a representação gráfica dos locais escavados também está a ser feita utilizando as novas tecnologias (permitindo colocar de parte os desenhos à vista que testemunhavam o evoluir da escavação), ou ainda o recurso da geofísica aplicada à arqueologia.

No comunicado enviado à redação do diário Digital Castelo Branco, João Lobo, vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, revela que a aposta nesta iniciativa, que já vai na sua quarta edição, é para manter no sentido de potenciar os seus principais objetivos: “o primeiro na esfera do conhecimento, permitindo saber mais sobre a ocupação do território e assim perceber quais as evoluções que se manifestaram ao longo do tempo e, em segundo lugar, potenciar turisticamente um nicho de mercado que está ligado à antropologia e à arqueologia possibilitando a sua difusão”. No dia em que os primeiros voluntários receberam os seus diplomas de participação, entregues nos Paços do Concelho, João Lobo destacou o “enriquecimento individual dos estudantes” que efetuaram o trabalho de campo mas também a participação “nas conferências abertas ao público e a criação de relação interpessoais que poderão mais tarde abrir novos caminhos”.

O Campo Arqueológico deste ano tem a particularidade de se desdobrar em várias frentes de trabalho: para além das culturas pré-históricas, os arqueólogos, estudantes de arqueologia e outros voluntários investigarão nesta segunda quinzena de agosto um povoado fortificado da Idade do Bronze, no Chão do Galego, e estruturas militares do tempo das Invasões Francesas, mais precisamente da guerra dos Sete Anos. Ao mesmo tempo que permite um conhecimento mais profundo sobre o concelho, este campo é uma oportunidade para estudantes de arqueologia das universidades do Porto, Coimbra, Évora e de Alcalá de Henares (Espanha) participarem em práticas de campo. Este ano, e pela primeira vez, participou uma voluntária da República Popular da China, através de uma parceria com o Geopark Naturtejo.

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