O município do Fundão anunciou hoje a intenção de agir legalmente contra o concurso 7 Maravilhas da Gastronomia, que acusa de ter mudado o nome e transferido uma especialidade para outro concelho.
O município do Fundão anunciou hoje a intenção de agir legalmente contra o concurso 7 Maravilhas da Gastronomia, que acusa de ter mudado o nome e transferido uma especialidade para outro concelho.
A organização, porém, disse à agência Lusa que a Perdiz de Escabeche foi, inicialmente, “colocada erradamente como sendo de Alpedrinha”.
O prato foi apresentado publicamente em abril com o nome da vila do concelho do Fundão, mas passou a ser promovido no concurso como um prato apadrinhado pelo município de Idanha-a-Nova.
Em comunicado, a autarquia presidida por Manuel Frexes queixa-se do facto de a mudança ter acontecido depois de não aceitar pagar 17 mil euros à organização.
Em comunicado, a Câmara refere que dez mil euros foram exigidos por Luís Segadães, promotor do concurso, por alegado incumprimento do Turismo de Portugal em patrocinar a iniciativa.
Os restantes sete mil euros foram solicitados em “dormidas, refeições, alugueres diversos” e outros “pressupostos logísticos” para realização de um programa de televisão, mas cujos custos nunca tinham sido explicados ao município.
A Câmara conclui que a iniciativa “não tem qualquer credibilidade” enquanto concurso gastronómico, por não ter “respeito pela origem dos pratos” e estar sujeito apenas a “uma lógica comercial”.
A autarquia promete “acionar todos os meios legais que se encontrem disponíveis e se afigurem necessários e pertinentes”.
Fonte da organização do concurso disse à agência Lusa que “o valor de 17 mil euros é incorreto, pois o apoio que é pedido é logístico”, para realização de um programa de televisão, sem especificar valores.
A empresa promotora do concurso garante que o prato Perdiz de Escabeche “não sofreu alterações ao nível do nome ou localidade”.
À agência Lusa, adianta que “foi colocado erradamente como sendo de Alpedrinha”.
A Perdiz de Escabeche “é um prato típico da Beira Interior no geral, especialmente onde há tradição de caça”, frisa.
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